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    Fundamentos da Gramtica Pli

    &

    DICIONRIO BSICOPLI - PORTUGUS

    Srie Textos de Referncia: N 2

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    aoristo de 86condicional de 88

    upaha 73upapdi() (aoristo) 86upahti, upahahati (upa-[]h)e o

    dativo 45uppajjati (III) 106

    V

    v 18vac112vad112vadh, decl. 62vant, v. derivao, secundriavatt, v. verbos, auxiliaresvattati (vat)106, 109verbo(s) (khyta) 79, 143-5

    ao do (kiriy) 145ativo 41-2auxiliares 106bitransitivos (dvikammaka) 80causativo (hetukattar) 111-2compostos, v. compostos, verbaisconcordncia do v. e agente 80conjugao, v. conjugaodenominativo, v. conjug. denom.estrutura dos 80formas finitas 80, 90indefinitos 80infinitos 144-5passivo 43, 94

    significados 94ser 41, v.tb. as, atthitempos e modos 81, 149

    Tabela III.2.2 96

    transitivos (sakammaka ) / intransiti-vos (akammaka ) 80, 88

    voz ativa / passiva / mdia 80verdades, eternas 81, 83, 108, 152versificao 156vid, decl. 62

    viharati (vi-har)106, 110vijjati 110vi, decl. 62vocativo (caso) 18, 42vogal

    alongada 35classificao 25encurtada 35gradao 81-2, 85

    votos e o dativo 45vutthahati, vutthti, v. ablativo

    Y

    yad120, 149yad 116, 120, 148, 152yad agge149yadi 120, 151yad ida 150ygu, decl. 62ya 120, 149

    no optativo 83

    yasm 152yath 117, 120, 150

    com optativo 83yato116, 120, 152yattha 117, 120, 154yva 116, 153yvakva 153yvat 154yvataka 149, 154 - fem. yvatik

    149, 154ye148yena 120, 154yuvan, decl. 65

    Z

    zero sufixo, v. sufixo, zero

    ]

    Fundamentos da Gramtica Pli

    &

    DICIONRIO BSICO

    PLI - PORTUGUS

    Nissim Cohen(upsaka Dhammasri)

    CENTRO DE ESTUDOS BDICOS

    Jacare, SP2001

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    v.tb. aoristo, passadoprohibio 82, 121pronome(s) 76, 145

    abl. de, em -asm 48amu 77anafrico 76, 147attan, decl. 64, 78bhavant-79como adjetivos 76, 79

    de ausncia 76declinao de 76ditico / presente 76, 77demonstrativo 76de presena 76enftico 76honorfico 79indefinido 77interrogativo ki77pessoais 76possessivos / reflexivo 77-8relativo 77, 120

    pronncia 23

    puman, decl. 65puna(d)117purato(indecl.) e o gen. 47

    Q

    qualificao (araha, satti) 149questo conducente (paha ou pucch)

    146

    R

    ra (sufixo) 141radical (liga)41, 143

    addhna-, addha- 65causativo 69declinao dos 58decl. em -an64decl. em -as65decl. em sua-65em a 47passivo (p)pa-h 86que terminam em consoantes, decl.

    63raiz / razes (dhtu) 19, 68-9, 79, 82,

    144fortalecimento com um nasal 82

    irregulares 85rjan, decl. 64reduplicao 34, 37, 89, 114-5reflexivo 113relao (sambandha) (entre dois subst.)

    46repetio (meita) 75, 77, 123, 143

    S

    sa- (pron.) 77-8sace83, 149, 151

    com optativo 83no futuro 86

    saddhi 43sak(4 conjug.) 111saka (pron.) 77-8saki(d)75sak(k)88, 111sakk 88sakhin (sakh), decl. 66sa (prefixo), no aoristo 85sma (pron.) 79

    samna (p.pres.) 90, 109san, decl. 65sand114sandhi28, 125, 127

    diviso do 28v. tb. juno

    sa 66sain, decl. 66sant90santi 106, 109sapati e o dativo 45sat(prefixo) 39satthar, decl. 67

    saya (pron.) 79seyyath 150seyyo(indecl.) em comparao 69slaba(s)

    quantidade de 20, 26, 38, 146, 156reduplicada 115

    sir, em comparao 69siy, opt. de atthi 84, 109sm (decl. pronominal do abl.) 47som e acento, sistema de 23sotthi (indecl.) e o dativo 45-ssa (sufixo), em subst. sec. (q.v.)su, na 4 conjug. 111

    Justamente como um homem que, afligido e

    oprimido pelo calor, fatigado, sedento e anelen-

    te, tivesse vindo a uma lagoa pura, clara, doce

    e fresca, bem-localizada e deliciosa, nela ele

    mergulharia, banhando-se e bebendo, aliviando

    assim toda a aflio, fadiga e dor.

    Da mesma maneira, sempre que algum ouve o

    Darma (Ensinamento) do honrado Gotama, seja

    nos discursos, estrofes, exposies ou em

    fenmenos prodigiosos, toda a aflio, fadiga e

    dor so aliviados completamente.

    (AN V, 194.1 [A iii.238])

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    Gr.Dic - 162

    Mahyana 17man, usado com p.fut.pass. 92manas, decl. 66mant, em derivao sec. 141marcador, v. orao relativa-matta- medida 44, 74mh (decl. pronominal do abl.) 47Moras, v. lei das M.morfemas lxicas, v. radical

    muddhan, decl. 65

    N

    na (indecl. neg.) 121a, na derivao primria (q.v.)nad, decl. 61()aka (sufixo), em subst. sec. (q.v.)nmarpa (em nota) 87namo(indecl.) e o dativo 45narrativa introdutria (nidna)146nasal, classificao 25negao 88, 121

    dupla 121negativo 116neutro(s)

    de estado (kiriyvisesana ) 120em -a, decl. 59em -i e -in 60, 66em -u, decl. 61impessoal 120

    nexo 47, 51eyya (sufixo), em subst. sec. (q.v.)niggahta ()28, 35()ika (sufixo), em subst. sec. (q.v.)nipajjati (ni-pad-ya)106, 110nisdati (ni-sd)106, 110

    ()iya (sufixo), em subst. sec. (q.v.)nome (nma) (= subst. e adj.) 40, 143nominativo (caso) (paham, paccatta)

    41de endereamento 42

    nu 77numerais 71

    cardinais 71ordinais 72

    nmerosdistributivos 75dos nomes (sakh) 40, 145

    ()ya (sufixo), em subst. sec. (q.v.)

    O

    objetodireto 42, 69, 70indireto 45

    optativo (tempo) (sattam) 83, 87-8,92do verbo 83= fut. do prt. e subj. (do portugus)

    vs. futuro 83-4oraoabsoluta 50, 51causal / temporal 106co-ordenada 142infinita 152, 154nominal 152principal 51, 83, 87-8, 93, 120

    interrogativa 88relativa (aniyamuddesa) 83, 120,

    142, 149subordinada 50, 83, 88, 93, 106

    condicional 87v.tb. frase, perodo

    ordem 152das letras no alfabeto 26das palavras 19

    ortografia 27

    P

    paciente (kamma) 42, 51, 69, 112,145-genitivo 47

    (p)pa-h (pahiyati), decl. 95paksati e o dativo 45pakkh, decl. 60palavra(s) (pada)

    compostas 123, v. compostoscomprimento das 156dependente (samsanta), em com-

    posto 131formao das 123grupo de (padasamha ) 146de extenso limitada (padesapariyo

    sna)146ordem das 19, 155usada como raiz (dhturpakasad-

    da)114pli, v. lngua pli

    Gr.Dic - 7

    SUMRIO

    ABREVIATURAS USADAS NESTA OBRA 11

    BIBLIOGRAFIA 13

    FUNDAMENTOS DA GRAMTICA PLI 15I - Introduo: A Lngua Pli e a Literatura Cannica 17

    1. A origem da lngua pli 172. Caractersitacas da lngua pli 18

    3. Estgios histricos da lngua pli 204. A literatura pli 20

    II - Fontica e Fonologia 231. Sistema de som e acento 23

    1.1 O alfabeto 231.2 A pronncia 23

    Tabela I I.1a - Classif icao das vogais e nasais 25Tabela II.1b - C lassificao das consoantes 25

    1.3 Acento de intensidade 262. A Lei das Moras 263. Sandhi (Juno, Unio) 28

    3.1 Diviso do sandhi 283.2 Juno (sandhi) de vogal 29

    3.3 consoante 343.4 niggahta () 353.5 mista 38

    III - Classes Gramaticais 401. Nome (nma) 40

    1.1 Caractersticas dos gneros 401.2 Casos gramaticais 411.3 Radicais ou morfemas lxicas 411.4 Substantivos e adjetivos: Casos 41

    1.4.1 Uso dos casos 41Tabela III.1.4.1 - Substantivos e Adjetivos:

    Casos 521.4.2 Adjetivos 581.4.3 Declinao dos radicais 58

    1.4.4 Comparao 681.4.5 Vrios tipos de substantivos 69

    (i) Substantivos-agentes e substantivos de ao69(ii) Substantivos abstratos 70(iii) Substantivos secundrios (incluindo adjetivos)70

    1.4.6 Numerais 711.5 Pronomes 76

    2. Verbos 792.1 Estrutura dos verbos 802.2 Tempos e modos 81

    2.2.1 (a) Presente 81(b) O verbo bhavati 1 Conjugao 81

    2.2.2 Imperativo 82

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    exposio elaborada (niddesa)146expresso,

    negativa 18numrica 75passiva 18

    -eyya 71

    F

    finalalongado 33reduplicado 33

    fontica e fonologia 23forma(s)

    dupla 112finitas, conjugao 103infinitas, conjug. 105nominais 80-1, 89

    fortalecimento 102fraes 73frase(s) (vkya ou vyajana)143-5

    absoluta 51ativa 41, 89complexas 93, 142, 147, 154comprimento das 146interrogativa 155nominais 106passivas 43-4, 89, 142, 145simples 147texto e f. 146unificadas em significado (atthasam

    baddha) 146v.tb. orao, perodo

    futuro (tempo) (bhavissant)86, 88composto 86do pretrito = condicional 87 (q.v.)

    flexes do 86passivo 86-perfeito = futuro do pretrito,

    v. optativosem -i-, etc. 86simples 86sufixo -iss, -ess 86, ss, iss, h (ou ih)

    87vs. optativo 83-4

    G

    gacchant, decl. 63

    gacchati, conjug. aoristo 104gam, decl. 90gahdi gaa , v. 6 conjugaognero(s)

    caractersticas 40genitivo (caso) (chah, smin) 46, 68

    absoluto 47agente-g. 47, 84objetivo (= paciente-g.)

    paciente-g. 47, 69partitivo 68possessivo 46subjetivo (= agente-g.)substituto do instr. 47

    gerndio (tempo) (pubbakiriy ) 90, 93composto = p.pres.formao 93=p.pres.(q.v.)sufixos: tv, tvna, tna, itv, ya

    94-tv, -tvna, -ya, conjug. 106

    usados como preposio 119

    go, decl. 62gradao da vogal, v. vogalgua 82guavant, decl. 63

    H

    h (hyati) 95hyati 111hi (sufixo) 18, 149, 153

    uso com imperativo 83hipotaxe 147(pa) hiyti 111hoti (h)69, 106-8, 109

    no aoristo 86v.tb. as, atthihotu 45

    no imper. 83h 23, 85-6

    no imper. 83

    I

    idha 108-9-ika, no composto 134, 136imperativo (tempo) (pacam) 82, 92

    = p.fut.pass. (do portugus)

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    IV - Outros Assuntos Gramaticais 1231. Abreviao 1232. Repetio 1233. Formao de Palavras 123

    3.1 Palavras Compostas 1233.1.1 Classificao baseada na forma 124

    (a) Co-ordenao 124(b) Compostos determinativos 124(c) Compostos com um adj. como 1 membro124

    (d) Compostos com um adv. como 1 membro124(e) Compostos com uma conjuno como 1 membro124(f) Compostos possessivos 125

    3.1.2 Compostos Nominais 125( i) O 1 membro de um composto. 125(ii) O 2 membro de um composto. 127(iii) Sandhi. 127(a) Dvanda samsa. 127(b) Kammadhraya samsa. 129(c) Tappurisa samsa. 131(d) Bahubbhi samsa. 133(e) Avyaybhva samsa. 136(f) Digu samsa. 137(g) Compostos sintticos. 137

    3.1.3 Compostos Verbais 138(i) Verbos combinados com preposies. 138( ii ) Verbos combinados com advrbios. 140(iii) Verbos combinados com um adj. e um subst.140

    3.2 Derivao 1413.2.1 Derivao primria. 1413.2.2 Derivao secundria. 141

    4. Frases passivas. 1425. Orao relativa (preliminar) 1426. Texto, Frase e Orao 143

    6.1 A Frase 1436.2 Texto e Frase (ou Perodo) 1466.3 Oraes Relativas 149

    6.3 Exemplos de Frases Complexas 1546.5 Ordem 1557. Versificao 156

    ndice de Assuntos Gramaticais 157

    APNDICE Apend- 1

    Tabelas:Tabela I II .1.4.3 Substantivos e Adjetivos: Declinaes Apend- 3Tabela III.1.5 Pronomes: Declinaes Apend-10Tabela III.2.3.a Verbos: Tempos & Formas de Conjugao Apend-14Tabe la III.2.3.b Verbos : Mode los de Conjugao Apend-21

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    roceti, e o dativo 45artigo, definido e indefinido 18, 76as

    no optativo 83-4no p.pres. 90uso no imper. 83v.tb.atthi, hoti

    assa, opt. de hoti 84assimilao 61, 64, 71, 83, 91-2, 106,

    111ativo88-9attan, decl. 64atthya, e o dativo 45atthi (as)19

    conjug. 105no optativo 84significado 106-7v.tb. as, hoti

    atthu 32, 37, 83aumento (vuddhi) 85, 86, 88, 104avuddhika 82avyaybhva samsa, v. compostos

    B

    bahubbhi samsa, v. compostosbase (raiz + sinal conjugativo) 102

    v. conjugao, sinal conjug.bhagavant, decl. 63bhante(trat. de cortesia) 63bhs (ati) 69, 114bhtar, decl. 67bhavamna (p.pres.) 90bhavant- 79

    (p.pres.) 90bhavati (bh), 1 conjug. 81-2, 88

    (hoti [h], bh) 106-8v.tb. bhbhavissati (futuro) 86-7bhikkhu, decl. 61bhiyyo(indecl.) em comparao 69bh 102

    em comparao 69em p.pres. 90no aoristo 85v.tb. bhavati

    bitransitivo, v. verbo, bitransitivobrahman, decl. 64budismo 17

    C

    ca 18, 147cakkhu, decl. 61cnone pli 20captulo (do sutta) (bhavra) 146car (carati)106, 109caso(s) gramatical (kraka)

    gramaticais 41

    relao 42catu(r)137causa 42-3, 47-8ce18, 149, 151cha()73citao 41, 121classes gramaticais 40coletivo(s) 74, 80, 124, 137comparao, v. adjetivoscomposio 147-8compostos (samsa) 18-9, 123

    avyaybhva136bahubbhi133, 147-8com um adj. como 1 membro 124com um adv. como 1 membro 124com uma conjuno como 1

    membro 124determinativos 124digu137dvanda127kammadhraya129nominais 19, 125o 1 membro de um c. 125o 2 membro de um c. 127por co-ordenao 124possessivos 125sintticos 137

    tappurisa131verbais 138

    verbos combinados com adj. ousubst. 140

    verbos combinados com adv. 140verbos combinados com preposi-

    es 138concesso (anumati) 149concordncia 80condio 42, 48, 83, 88, 108, 151-2condicional (tempo) (kltipatti)87

    ativo / transitivo 88= fut.do prt. e subj. (do portugus)

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    ABREVIATURAS USADAS NESTA OBRA

    Livros Cannicos:

    AN Aguttara NikyaDhp DhammapadaDN Dgha NikyaIt Itivuttaka

    MN Majjhima NikyaSN Sayutta NikyaSn Sutta NiptaUd UdnaVin Vinaya Piaka

    Abrev. Gramaticais:

    abl. ablativo (caso)abrev. abreviaturaabs. absolutoabstr. abstratoacus. acusativo (caso)

    adj. adjetivoadj .2g adjetivo de 2 gnerosadv. advrbioantn. antnimoaor. aoristoart. artigoatr. atravsaum. aumentativo

    bit.i. bitransitivo indireto

    caus. causativo, causalcf. conferir; compare

    col. coletivamentecomb. combinaocond. condicionalconj. conjunocon jug . conjugaocontr. contrao

    dat. dativo (caso)def. definidodem. demonstrativodenom. denominativoder. derivadodim. diminutivo

    el. elementoesp. especialmenteex. exemploexcl. exclamao; exclamativoexpr. expresso; expressivo

    f., fem. femininofi g. figurado; figurativo; figuradamente

    flex. flexo; flexionadofreq. freqente (mente)fut. futurofut. do pp futuro do pp = gerundivofut. ind. futuro do indicativofut. pres. futuro do presentefut. pret. futuro do pretrito

    g. gnerogen. genitivo (caso)

    ger. gerndio; geral (mente)gerundivo = p.futuro passivo

    imper. imperativoimperf. imperfeitoimpess. impessoalind. indicativoindecl. indecl invelindef. indefinidoinf. infinitivoinstr. instrumental (caso)interj. interjeio; interjetivainterr. interrogativo

    lit. literalmenteloc. locativo (caso)

    m. masculinomd. mdio, voz do meiom.q.perf. mais-que-perfeito

    n. nome; nmeroneg. negativonom. nominat ivo (caso); nominaln.pr. nome prpriont. neutro

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    como correlativo (com ya) normalmente seria inicial, desloca nanda ao final (os doisenclticos ocupam a segunda posio na orao invertida).

    O comprimento das palavras (nmero de slabas) pode decidir a ordem das palavrasquando isto no determinado por outras razes (como numa fieira de palavras paralelasgramaticamente):

    ta jta bhta sakhata palokadhamma, aquilo que nascido,vindo a ser, condicionado, sujeito lei da decadncia

    attngatapaccuppanna , passado, futuro e presente.

    7. Versificao

    Para esta parte, remetemos o leitor ao nosso estudo sobre este tema publicado nolivro Dhammapada A senda da virtude, publicao da Palas Athena, So Paulo, 2000.Veja: Apndice II - A Metrificao Pli e o Dhammapada, pg. 296 seg.

    ]

    Gr.Dic - 13

    BIBLIOGRAFIA

    nanda Maitreya, B. Pali Made Easy (Shizuoka, AUM Publ. Co., Ltd., 1993)Andersen, D. A Pali Reader with Notes and Glossary (Kyoto, Rinsen Book Co.,

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    Apothecaries Co., Ltd., 1968)

    Buddhadatta, A.P. The New Pali Course, Part I/II (Colombo, The ColomboApothecaries Co., Ltd., 1962/1974)Childers, R.C. A Dictionary of the Pali Language (Kyoto, Rinsen Book Co., 1976)de Silva, L. Pli Primer (India, Vipassana Research Publications, 1995)Geiger, W. A Pli Grammar, revised ed. (Oxford, The Pali Text Society, 1994)Government of Ceylon Encyclopaedia of Buddhism (Malalasekera e outros, a partir

    de 1961) [publicados at agora 5 volumes]Humphreys, Ch. A Popular Dictionary of Buddhism, 2nd ed. (London, Curzon

    Press, 1976)Johansson, R.E.A. Pali Buddhist Texts Explained to the Beginner, 2nd ed.

    (Scandinavian Institute of Asian Studies Monograph Series) (Oxford, Curzon Press,1977)

    Junghare, I.Y. Topics in Pli Historical Phonology (Delhi, Motilal Banarsidass, 1979)

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    (Delhi, Sri Satguru publ., 1984)Minayeff, J. Pali Grammar A Phonetic and Morphological Sketch (New Delhi,

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    Publishing House, 1986)Morris, R. Notes and Queries, em Journals of the Pali Text Society (18821927)Muller, E. Pali Language A Simplified Grammar (Delhi, Bharatiya Book Corp.,

    1986)amoli Bhikkhu A PaliEnglish Glossary of Buddhist Technical Terms (Kandy,

    Buddhist Publication Society, 1994)Nyatiloka Buddhist Dictionary Manual of Buddhist Terms and Doctrines, 4th ed.

    (Kandy, Buddhist Publication Society, 1980)Pali Text Society Pali Tipiaka Concordance (Woodward e outros) (Oxford, PTS,

    1952) [s publicados 3 volumes; no ter continuao]Perniola, V. Pali Grammar (Oxford, The Pali Text Society, 1997)Rhys Davids, T.W. and Stede, W. The Pali Text Societys PaliEnglish Dictionary

    (London, The Pali Text Society, 1972)Royal Danish Academy of Sciences and Letters A Critical Pli Dictionary (Trenckner,

    Andersen, Smith, e outros) (Copenhagen, Ejnar Munksgaard, 1924) [obra emandamento]

    Sagharakkhita Vuttodaya: A Study of Pli Metre (Delhi, Sri Satguru Publ., 1981)Shambhala The Shambhala Dictionary of Buddhism and Zen (Fischer-Schreiber,

    Ehrhard e outros) (Boston, Shambhala, 1991)

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    Gr.Dic - 154

    yvat:

    yvat nanda ariya yatana ida agganagara bhavissati,nanda, to longe quanto a esfera ariana (estende-se) esta ser asuprema cidade.

    yattha:

    yattha Himavantapasse tattha vsa kappesu, onde do lado doHimlaya l eles arranjaram um lugar de moradia.

    yattha sla tattha pa, yattha pa tattha sla, onde h virtude lexiste sabedoria, onde h sabedoria l existe virtude.tejneyyu yatth ime cattro mahbht aparises nirujjhanti, eles

    pode ser que saibam onde estes quatro elementos absolutamente findam.yattha pan vuso sabbaso vedayita n atthi, api nu kho tattha asm ti

    siy, mas onde, senhor, experincia completamente ausente (no),haveria ali o pensamento eu sou?.

    maya na jnma yattha v brahm yena v brahm yahi v brahm,ns no sabemos onde o Brahm est ou de que jeito o Brahm ouonde o paradeiro do Brahm .

    yena (comp. o ltimo exemplo):

    yena Nand tad avasari, ele foi para baixo para (= em direo ) Nand.

    Adjetivo relativo:yvataka (feminino -ik):

    yvatik ynassa bhmi ynena gantv, yn paccorohitv,upasakami , tendo ido por carruagem to longe quanto (havia) chopara carruagem, tendo apeado da carruagem ele aproximou-se.

    6.4 Exemplos de Frases Complexas.

    Exemplos de combinao de vrios elementos numa frase ou perodo mais extenso:

    yath katha pana te mahrja vykasu, sace te agaru, bhsassu (duasoraes subordinadas; o todo conectado ao seu contexto mais amplo, odilogo, por pana)

    kin nu Sriputta ye te ahesu attam addhna arahanto

    sammsambuddh, sabbe te bhagavanto cetas ceto paricca vidit,evasl te bhagavanto ahesu iti pi, evadhamm evapaevavihr evavimutt te bhagavanto ahesu iti p ti (oraosubordinada e duas oraes de discurso direto com iti; o todo discursodireto interrogativo)

    yad asi dutiyo satthavho bahunikkhanto kho dni so sattho tibahu tia ca kaha ca udaka ca ropetv sattha pypesi(orao subordinada contendo uma orao de discurso direto, seguida deorao infinita com gerndio e orao principal: as oraes aqui, comofreqentemente em manuscritos e edies impressas, no esto separadaspor pontuao)

    FUNDAMENTOS da

    GRAMTICA PLI

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    yad ida (= tal como, quo, isto , a saber identificao ou especifica o):akaray va Vajj ra yad ida yudhassa, os Vajjs sorealmente invencveis (impossvel) pelo rei a saber, pela guerra.cirassa kho bhante bhagav ima pariyya aksi yad ida idh

    gamanya, aps longo tempo/finalmente, senhor, o Afortunadotomou (fez) este percurso, a saber vir aqui.(cirassa, indeclinvel: finalmente, aps longo tempo)

    yath o relativo mais geral e vazio aps ya, mas com um sentido consecutivo e

    aquele de maneira, ou s vezes de comparao, razo, ou propsito:yath te khameyya tath na vykareyysi, conforme te aprazer

    (conforme queres) assim podes explic-lo, podes explic-lo conforme teagradar.

    yath bhante devatna adhippyo, tath hotu, que seja conforme osdevas desejarem, senhor!

    yath vykaroti ta roceyysi, deves informar (-me) como ele oexplica.

    atthi paipad yath paipanno sma yeva assati, h um meio queseguindo-o algum descobrir por so mesmo.

    yath va pan eke bhonto samaabrhma evarpabjagmabhtagmasamrambha anuyutt viharati iti evarpbjagmabhtagmasamrambh paivirato samao Gotamo, mas

    enquanto, senhores, alguns ascetas e brmanes vivem praticando taldestruio (samrambho, empreendimento, lanar mo de) de seresvivos (bhtagmo) e plantas (bjagmo) assim o asceta Gotama abstm-se de tal destruio de seres vivos e plantas (evarpa = evarpa, detal tipo composto bahubbhi, v. ....).

    yath nu kho imni bhante puthusippyatanni sakk nu kho bhanteevam eva dihe va dhamme sandihika smaaphalapapetu, Senhor, como esses muitos (puthu, muito, variado)circulos-de-ofcio (homens de vrios ofcios) possvel, Senhor, decl ararda mesma maneira um fruto visvel da vida de asceta no mundo(dhammo)?.

    tena hi bho mama pi sutha, yath mayam eva arahma ta bhavantaGotama dassanya upasakamitu, agora escutam a mim,como/porque ns deveramos (eva = somos ns que deveramos) ir ver o

    honrado Gotama.pahoti me samao Gotamo tath dhamma desetu yath aha ima

    kakhdhamma pajaheyya, o asceta Gotama pode me ensinar oDarma de modo que (ou: de tal amneira que) eu possa renunciar esseelemento/idia de dvida (kakh).

    Os relativos restantes so mais especializados em significado:

    seyyath introduz um smile:

    atha kho bhagav seyyath pi nma balav puriso bha pasreyyaeva eva primatre paccuhsi, ento o Afortunado, assim comoum homem forte possa estender seu brao, assim mesmo ele surgiuna margem do outro lado.

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    (m) As regras de pontuao so diferentes em pli e em portugus. Na maioria dasedies pli, existem muito poucas vrgulas assim como nem sempre h separao entrecada palavra e pa lavra. P.ex.ghasamphassapaccaya(= gha+samphassa+paccaya).Nos manuscritos pli, fa la/locuo direta e outras citaes so marcadas somente por umti aps a ltima palavra, mas, em algumas edies europias, marcas de citao soadicionadas. Pli tem a palavra ca para indicar e, mas esta freqentemente omitida ea coordenao ter que ser deduzida a partir do contexto. P.ex. loke. . . . pajya nomundo. . . . edentre o gnero humano. s vezes, nem h necessidade de traduzi-la, umavez que ela meramente indica uma conexo com o que foi dito antes.

    (n) Pli no tem equivalente ao nosso verbo ter. A idia poder ser expressa porvrios meios, como, p.ex., atthi + dativo ou genitivo h/existe (para mim). Ex.: mamadve putt santi, h para mim dois filhos = eu tenho dois filhos.

    (o) A ordem normal das palavras num texto em prosa : agente atributo paciente ao; assim, o verbo est colocado usualmente no fim da frase. Adjetivos usualmenteprecedem os substantivos que eles qualificam, exceto quando vrios adjetivos qualificamum nico substantivo.

    (p) Pli uma lngua indo-europia do tronco indo-iraniano, mui proximamenterelacionada ao snscrito, a lngua literria mais importante da antiga ndia (mas,aparentemente, no derivada desta); de fato, diz-se que o relacionamento entre ambas como o que existe entre o latim e o italiano. Suas similaridades a outras lnguas indo--europias, o portugus por exemplo, no se torna patente de imediato, mas poder serinferido de paralelos como:me= "por mim", supa = "sopa", nava = "novo", vamati =

    "vomitar", etc.(q) Ela tem um rico sistema flexional, embora menos que o snscrito, e uma estruturagramatical de um tipo similar ao latim e grego clssicos.

    Os substantivos e adjetivos tm oito diferentes casos, por meio dos quais soexpressas relaes que usualmente teriam de ser interpretadas por meio do emprego depreposies, p.ex. tassa "a ele" ( dativo),aggin "por meio do fogo" (instrumental),tasmisamaye naquele/nesse tempo (locativo). O verbo tem terminaes especiais paradiferentes pessoas: asmi eu sou, atthi ele , etc. Os tempos e modos so formadosatravs de modificaes da raiz.

    Adicionalmente, ela desenvolveu uma capacidade notvel para construir compostosnominais e expresses absolutas, que so usadas para expressar fatos e circunstnciassubordinadas; estes so freqentemente usados em poesia e s vezes com muitaefetividade. Por exemplo,disv tendo visto; gate, hiteseja quando anda, quando ficade p, literalmente em (ele) sendo ido, psto de p (ou perpendicularmente) (locativo);dukkha-nirodha-gmin-paipad , lit. o caminho indo cessao do sofrimento; naestrofe 39 do Dhammapada a palavra puappapahnassa (pua + ppa +pahnassa) equivale a: "o bem + (e o) mal + que tenha abandonado"; ou na estrofe 183,sacittapariyodapana (sa + citta + pariyodapana ), que equivale a "seu prprio +corao + purificao''. Amide, isto d impresso verbal do original um sentidoapropriado ao contedo, como movimento, tranqilidade, etc., que no pode ser imitadopor quaisquer meios formais comparveis, num idioma como o portugus ou o ingls.Construes desse tipo s vezes requerem anlise cuidadosa a fim de entend-lascorretamente.

    (r) Vejamos agora umas poucas caractersti cas do pli conforme se refletem na poesia.Uma singular estrofe em pli tem capacidade suficiente para conter uma figura

    potica que em lngua europia requereria muito mais versos. Deveras, no caso de

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    (2) parataxe. abre com tereferindo-se aos caracteres j introduzidos: te tasattha dvidh vibhajisu ekato paca sakaasatni ekato pacasakaasatni .

    (3) subordinao. ye(pronome): ye ca tasmi satthe ahesu manussv pas v sabbe so yakkho amanusso bhakkhesi, ahikn evasesesi. yad (indeclinvel): yad asi dutiyo satthavho:bahunikkhanto kho dni so sattho ti, bahu tia ca kaha caudaka ca ropetv sattha pypesi.

    (4) composio.dvhathapyto = quando, srie de bahubbhis nomeio da mesma frase = quem: dvhathapyto1kho pana so satthoaddas purisa ka lohitakkhi apanaddhakalpa2

    kumudamla1 quando foram dois ou trs dias desde que partiu (bahubbhi)2 com cabelo desamarrado (bahubbhi)

    (5) verbos infinitos. gerndios, paissutv, chaetv: eva bho ti kho tesatthik tassa satthavhassa paissutv, chaetv purni tinikahni udakni lahubhrehi sakaehi sattha pypesu. particpio presente, caramno: eka samaya bhagav Mgadhesucrika caramno mahat bhikkhusaghena saddhi yenaKhnumata nma Mgadhna brhmaagmo tad avasari.

    particpio passado, adhigato: idha mayha brhmaa rahogatassapatisallnassa eva cetaso parivitakko udapdi: adhigato me vipulmnusak bhog, mahanta pahavimaala abhivijiyaajjhvasmi. pp., jto: jte kho pana bhikkhave Vipa ssimhikumre, Bandhumato rao paivedesu: putto te deva jto, tadevo passat ti. locativo absoluto: o trecho anterior comea comloc.abs. pp. bhutt e infinitivo pariyesitu: bhutt kho pana memnusak km, samayo dibbe kme pariyesitu. adjetivoequivalente a um particpio, pikakha (neste caso na orao principal):yvakva ca nanda Vajj abhiha sannipt sanniptabahulbhavissanti, vuddhi yeva nanda Vajjna pikakh no parihni.

    (6) discurso direto. numerosas oraes com ti: kuto bho gacchas ti.amukamh janapad ti. kuhi gamissas ti. amuka nma

    janapadan ti.(7) encadeamento.yvakva repetido muitas vezes em frases paralelas:

    yvakva ca nanda Vajj samagg sannipatissanti yvakva cananda Vajj appaata na papessanti yvakva ca nandaVajj ye te Vajjna (DN ii.76-81) jit amh vata bho ambakya,vacit amh vata bho ambakya, repetido (veja DN ii.96-97) No(5) acima, o exemplo que comea com bhutt, as palavras km kmeligam as duas oraes. No DN iii.66-8, pode-se ver formas repetidas oucontrastantes; encontramos trs aoristos asindticos: nisedhesuakasu chindisu, de formas contrastantes, com o pargrafo seguintefechando com os trs futuros verbos correspondentes.

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    menores de disciplina e, gradativamente, ampliando-se e aprofundando-se, vindo aabranger importantes pontos doutrinrios, resultando, finalmente, na diviso maior dobudismo em mais de duas dezenas de escolas. Grosso modo, essas escolas podem serclassificadas em dois grupos principais: o primeiro abarca as escolas mais antigas, a dos"Ancios", e veio a ser conhecido por Hnayna, "o Pequeno Veculo", nome algodesdenhoso que lhe foi dado pelo segundo grupo, que denominou a si prprio de Maaiana(Mahyna ), "o Grande Veculo". Enquanto o Maaiana "transbordava" para a China e, viaCoria, atingia o Japo, penetrava no Tibete e sia Central, numa multiplicidade deescolas e seitas caractersticas de cada pas, as escolas dos "Ancios", aps um florescimen-

    to espetacular, iam gradualmente desaparecendo do solo nativo da ndia (por razes queno cabe aqui explicar) at no restar nenhuma delas, exceto a escola Theravda quesobreviveu em terra alheia. A sobrevivncia desta escola deveu-se a um fato histricoanterior: no sculo III a.C. o rei Tissa do Ce ilo chamado nas Inscries de Ashoka deTambapanni enviou uma embaixada ao imperador da ndia, Ashoka. Em resposta,Ashoka recomendou a religio budista e mandou seu filho, o bikshu Mahinda, ilha parainstruir Tissa e seus sditos. As tradies e ensinamentos que Mahinda levara eram os daescola Theravda ("o ensinamento dos Ancios") que, posteriormente, estendeu suainfluncia a outros pases circunvizinhos. Atualmente o Theravda praticado em SriLanka (antigo Ceilo), Birmnia, Tailndia e, tambm, no Laos, Camboja e Vietn.

    O Theravda, alm de ser a escola budista mais antiga existente, tambm a nicaque possui o mais completo conjunto de escrituras, o chamado Cnone Pli, quecontm na sua forma mais antiga os ensinamentos originais de Buda, e que pelas

    estimativas de alguns estudiosos, to volumoso quanto aproximadamente doze vezes aBblia completa. Este cnone chama-se tambm Tipiaka (em snscrito Tripitaka ), isto "as Trs Corbelhas", por dividir-se em trs grupos:

    (1) Vinaya Piaka, "Livros de Disciplina", consiste de narrativas concernentes aoestabelecimento da Ordem (sagha) budista e os regulamentos que regem sua vida.Incidentalmente, contm alguns relatos muito importantes da vida e carreira de Buda comotal (isto , o Iluminado).

    (2) Sutta Piaka, Livros da Doutrina, que consta de sutras (sutta; em snscrito,stra) ou fios (de discurso), so dilogos de Buda e de alguns de seus discpulos com seusconterrneos, e tambm discursos de Buda. Est organizado em cinco colees ouNikyas, a saber: Dgha Nikya, Majjhima Nikya, Sayutta Nikya, AguttaraNikya e Khuddaka Nikya.

    (3) Abhidhamma Piaka, de origem mais recente, que contm uma exposiosistemtica do que poderia ser chamado de psicologia budista e tratados filosficos, svezes de carter abstruso, e consiste de sete livros nos quais a doutrina , contida em formapopular e apologtica nos sutras, abstrada, ampliada (com acrscimos), condensada esistematizada, s vezes em listas numricas e sob cabealhos-tpicos. Exceo a isto olivro Katthvatthu , que trata da discusso dos pontos de controvrsia entre as escolasprimitivas de Hnayna.

    A quinta coleo do Sutta Piaka acima mencionada, o Khuddaka Nikya, umacoletnea de quinze livros heterogneos, dos quais talvez os mais importantes einteressantes sejam as Jtakas ou "Estrias de Nascimento" budistas; o Sutta Nipta, umacoleo de dilogos poticos e peas picas (provavelmente o mais antigo livro de todo ocnone); o Udna ou "Pronunciamentos Solenes de Buda"; e oDhammapada, que ocupao segundo lugar na ordem numrica desta coleo.

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    6.2 Texto e Frase (ou Perodo).

    H uma doutrina que diz: o que dado numa lngua consiste de frases ( vkya ouvyajana), e pequenas peas tais como palavras so abstraes gramaticais. A frase emsi, embora num certo sentido completa, amide obscura na ausncia de qualquercontexto: isto , uma frase genuna, especialmente uma frase curta, tomada dos textos nossa disposio tem uma qualidade fortemente preensiva e dependente, o significadosendo dado vagamente pela frase s. O significado preciso com que uma fra se carregadano seu contexto enfraquecido quando ela separada do texto geral. A totalidade de uma

    frase , quando muito, uma independncia gramatical (com certas ressalvas) e com umsignificado mais ou menos vago neste complexo gramatical. Temos que comear de umtrecho de texto muito ma ior para que possamos descobrir o sentido preciso de uma frase.

    Conforme vimos no CaptuloI.4 acima, o cnone pli dividido em trs grupos ouCorbelhas; o segundo grupo, O Sutta Piaka, que contm os discursos e dilogos deBuda, est organizado em cinco colees ou Nikyas. Cada uma destas colees temorganizao diferente uma da outra. As unidades textuais de todos eles so os dilogos(sutta ou suttanta) ou os discursos (pariyya), que so independentes no seu contexto,embora entrelaados no que diz respeito s doutrinas budistas enunciadas, cuja exposiotodos os argumentos e narrativas tendem, e tendo muitas passagens em comum. Eles sode comprimento variado, os mais longos sendo divididos em captulos (bhavra). Diz-seque o bhavra contm 8.000 slabas. Cada suttanta comea com a declarao evamme suta, que tradicionalmente atribuda ao nanda como o primeiro recitador dos

    Nikyas quando estes foram compilados (inicialmente oralmente) aps o parinibbna deBuda. Esta declarao seguida por uma narrativa introdutria (nidna) ekasamaya dando a situao, e esta pelo dilogo (sutta). O dilogo principal usualmentedesenvolve-se a partir de uma questo conducente (paha ou pucch). A exposio(niddesa) elaborada de uma questo de doutrina uma unidade de dis curso intermediriaentre o suttanta e a frase, que proeminente na exegese tradicional dos textos pli. svezes podemos distinguir seces de texto intermedirias em comprimento entre o niddesae a frase, marcadas por uma uniformidade de tempos de verbo (p.ex., o presentehistrico, etc.). Estas seces usualmente so mais longas do que o convencional modernopargrafo, e pode chegar at dez pginas em comprimento.

    Nenhuma unidade gramatical maior que a frase distinguida nas gramticas; assim,podemos considerar uma srie de frases separadas pela pontuao convencional, seligadas por indeclinveis conjuntivos, pronomes anafricos, etc. como uma nica frase,

    para nossos propsitos, embora um termo distinto como perodo poderia ser til paradistingu-lo da unidade g ramatical mnima e independente. A pontuao tradicional leve,assaz fluida, e no muito articulada: existe apenas um ponto-e-vrgula e um ponto final.Editores modernos freqentemente os desconsideraram e introduziram suas prpriasconvenes. A pontuao no decisiva na determinao das frases, e consideraesgramaticais passam-lhes por cima.

    Uma frase (vkya ou vyajana) um grupo de palavras (pada-samha) que sounificadas em significado (atthasambaddha ) e de extenso limitada (padesapariyosna ) Aggavasa.

    O significado intencionado aqui primordialmente o significado gramatical: aspalavras na frase preensam uma a outra sintaticamente, a plena explanao gramatical deuma palavra relaciona -a a outras palavras, e todas essas palavras que so assim interligadas

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    II - FONTICA e FONOLOGIA

    1. Sistema de Som e Acento

    O pli (pi) escrito num certo nmero de escritas derivadas do antigo carter brhmindiano, e em escrita romanizada ocidental. A escrita indiana era fontica e baseada numaaproximada anlise fonmica da lngua, uma letra sendo designada para cada som (vaa)significativamente distinto. As escritas derivativas conservam essa caracterstica, e oalfabeto romano, similarmente, foi adaptado e ampliado de maneira que uma letra romana

    designada para cada letra indiana (contando as aspiradas [dgrafos] kh etc, como umnico fonema). No Oriente o pli escrito nos alfabetos de cada um dos pases que fazemdele uso. Os antigos gramticos indianos classificaram os fonemas conforme mostrado naTabela II.1a, e Tabela II.1b.

    1.1 O alfabeto

    So 41 as letras: 8 vogais e 33 consoantes:

    1. Vogais : a, , i, , u, , e, o

    2. Consoantes: Guturais (ou Velares): k, kh, g, gh,

    Palatais: c, ch, j, jh,

    Retroflexas (ou Cerebrais): , h, , h,

    Dentais: t, th, d, dh, n

    Labiais: p, ph, b, bh, m

    Semi-vogais: y, v, r, l, , h

    Sibilante: s

    Aspirada: h

    Nasal:

    Notas: 1. As vogais a, i, u so breves; quando seguidas de duas consoantes ou elas se tornamlongas. As restantes vogais so longas.

    2. As vogais e, o, quando seguidas de duas consoantes, se tornam breves. s vezes,

    quando em slabas abertas, elas devem ser escandidas em poesia como breves metricausa.

    1.2 A pronncia

    a como a em cama, (aga)

    p, lamo (gama)

    i i livro (ito)

    srio (ti)

    u u uva (uju)

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    Os prefixos (upasagga), dos quais existem uns vinte, so considerados como parteseparada do discurso em pli (cuja caracterstica que no pode ficar sozinho, mas sopode ser prefixado outra palavra). Os vrios verbos, que consistem de prefixo + raiz,devero ser todos eles aprendidos separadamente no que diz respeito ao significado.Embora aos prefixos e razes separados possam ser atribudos significados usualmenteamplos e vagos o significado de um prefixo + raiz no pode usualmente correspondersimplesmente ao produto de dois significados separados (veja na pg.116 exemplos decomo o prefixo al tera o significado original da raiz). Muitas razes so usadas tambm semprefixos, mas formas prefixadas so muito mais freqentes em pli. Um certo nmero de

    verbos tm dois ou trs prefixos para suas razes.Em teoria (elaborada pelos antigos fillogos hindus e seus discpulos ceiloneses e

    birmaneses) todas as palavras em pli so derivadas de um nmero limitado de razes.Em outras palavras, todas as palavras so analisveis em razes mais sufixos (= qualquermodificao). Uma raiz (dhtu) um elemento, no analisvel mais alm no nvelgramatical ou lxico, que tem um significado muito vago e geral. Raramente encontradano seu estado puro (sem prefixo ou sufixo) exceto nos livros de gramtica e nos dicionrios.Um nmero indefinido de radicais (isto , palavras nas suas formas radicais) podem serderivadas de qualquer raiz pela adio de sufixos e por certas mudanas na ra iz em si, taiscomo alongamento da vogal, substituindo uma vogal de composto, inserindo uma nasal,reduplicando a raiz ou contraindo uma semi-vogal + a na vogal correspondendo no lugar semi-vogal. Para o iniciante ganha-se tempo, no caso de nomes, neg ligenciar o processode derivao e aprender as palavras derivadas e seus significados precisos conforme so

    usadas na lngua. No caso de verbos a derivao tem que ser anotada, porquanto cadaverbo tem uma variedade de radicais para suas diferentes partes (tempos e modos,particpios, etc.), todos tendo o mesmo significado exceto pela distino gramatical detempos, etc. (Assim, a derivao de nomes pode ser vista como no-gramatical [nopertencendo a um sistema finito] e como lxica, e suas formas podem simplesmente serlistadas num dicionrio com seus vrios significados; enquanto que a derivao de formasverbais puramente gramatical [as formas pertencem a sistemas finitos] e no-lxica [ossignificados das formas veerbais derivadas de um verbo difere somente de acordo com osistema gramatical de tempos e modos, de pessoas, etc.]).

    Aps essa derivao de radicais de palavra (liga) pela adio de sufixos (paccaya)s razes (e s vezes de sufixos secundrios a esses sufixos), terminaes flexionais (vibhatti)so adicionadas para formar as palavras atuais (pada) conforme ocorrem em frases emrelaes gramaticais diferentes (as flexes correspondendo s relaes gramaticais: as

    distines gramaticais que ns fazemos so tantas descries de distines formais queocorrem em pli).

    At aqui a anlise de frases em palavras, razes, sufixos e flexes. Ns tambmnotamos que palavras podem ser classificadas como verbos ( estes so definidos comotomando as flexes de tempo -ti, etc.), nomes (definidos como tomando vrias flexes decaso simbolizado por si, etc.) e prefixos (definidos como prefixados a outras palavras).Existe uma outra classe, os indeclinveis (= variveis, em portugus) (nipta), definidoscomo no tomando qualquer flexo. Exemplo de indeclinveis so eva, ti, yena.

    Em pli estas quatro partes de discurso (padajti: classes de palavras) foramreconhecidos pelos antigos fillogos hindus, de acordo com os tipos de flexo ou ausnciade flexo ou pela sua dependncia de prefixos.

    Gr.Dic - 25

    Tabela II.1a - Classificao das vogais e nasais

    Ponto

    de

    Articulao

    (hna)

    Modo de articulao (payatana )

    Vogais (sara) Nasal Puro

    (niggahta)Breve

    (rassa)

    Longa

    (dgha)

    Composta

    (asamna)

    Guturais(kahaja)

    a e

    (gutura-

    palatal)

    o

    (gutura-

    labial)

    [m]

    (a)

    (i)

    (u)

    Palatais

    (tluja)

    i

    Cerebrais

    (muddhaja)

    Dentais

    (dantaja)

    Labiais

    (ahaja)

    u

    Tabela II.1b - Classificao das consoantes

    Ponto

    de

    articulao

    (hna)

    Modo de articulao (payatana)

    Consoantes (vyajana)

    Oclusivas (phuha ou vagga)

    Semi-vo-gal 1

    (saka

    phuha)

    (sonora)

    Sibilante

    (sakra)

    (surdas)

    surdas

    (aghosa )

    no-aspi-radas

    (sithila)

    surdas

    aspiradas

    (dhanita )

    sonoras

    (ghosa-vant)

    no-

    aspiradas

    sonoras

    aspiradas

    sonoras

    nasal

    (nsika)

    Guturais k kh g gh h

    Palatais c ch j jh y

    Cerebrais h h r,

    Dentais t th d dh n l s

    Labiais p ph b bh m v

    1Aqui a semi-vogal empregada no sentido mais amplo.

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    4. Frases Passivas

    Quando a ao de uma frase expressa por um verbo passivo, o agente expressopelo caso instrumental. Uma construo comum o particpio passado usado como umverbo passivo impessoal e flexionado no nominativo singular neutro como verbo-frase:

    Eva me suta assim foi ouvido por mim ou isto eu ouvi (presente-perfeito).

    Se houver um paciente, e a ao expressa por um pp., o paciente estar no caso

    nominativo e o particpio concordar com ele em gnero, caso e nmero, como se fosseum adjetivo:

    may ime satt nimmit por mim estes seres foram (/tinham sido) criados,eu criei estes seres.

    Nota: O agente pode ser expresso ou pelo nominativo ou pelo instrumental, e opaciente ou pelo acusativo ou pelo nominativo, de acordo com a construo ativa oupassiva da frase.

    5. Orao Relativa (preliminar)

    A orao relativa (aniyamuddesa) a forma regular de orao subordinada em pli(oraes com particpios e gerndios so tambm livremente usadas, mas este no omesmo tipo de subordinao). Seu uso extremamente freqente. A clara articulaoda frase em orao subordinada introduzida por uma palavra relativa (um pronome ou um

    indeclinvel tal como yattha onde) e uma orao principal introduzida por uma palavrademonstrativa caracterstica destacada do pli. Frases ou perodos complexos podemser construdos pela combinao de oraes relativas e oraes demonstrativas, oraesco-ordenadas (unidas pelas partculas conjuntivas tal como ca), discurso direto e assim pordiante. O uso de construo da frase e perodo ser mais extensivamente pesquisado emIV.6.2 Oraes Relativas. Um exame mais detalhado da construo da orao relativacom indeclinveis tambm ser encontrado l.

    A orao relativa regularmente antecede a orao principal. A palavra relativaintroduz a orao, mas pode ser precedida por indeclinveis que conectam a frase inteira narrativa da qual faz parte. P.ex.,:

    atha kho ye icchisu te akasu (deveras) ento aqueles que quiseram,trabalharam (lit.: os que quiseram, eles trabalharam).

    O pronome relativo deve estar no mesmo nmero e gnero do substantivo oupronome demonstrativo ao qual se refere, mas ele pode estar em qualquer caso conectando-o com as palavras na sua prpria orao relativa ou frase. P.ex.,:

    yena dvrena nikkhami ta Gotamadvra nma ahosi o porto peloqual ele partiu foi chamado o Porto Gotama (lit.: pelo qual ( instr.)porto ele partiu, este (nom.) Porto Gotama chamado foi).

    Alm do demonstrativo, outros pronomes podero servir como correlativos, porexemplo, o pronome pessoal e tambm o adjetivo pronominal sabba todo, tudo:

    ye ahesu sabbe bhakkhesi aqueles que estavam l, ele devorou(bhakkhati [VII]) a todos (= ele comeu a todos).

    Gr.Dic - 27

    Exemplos do (b): lkh laca; dgha longo. No caso das vogais e e o aortografia nos manuscritos s vezes varia; p.ex.: apkkh e apkh expectativa;upkkh e upkh indiferena; vimkkha e vimkha libertao (DN II 70).

    2.2 A lei das moras levou vrias mudanas. Por sua causa:

    (a) Em pli pode existir uma vogal longa antes de uma consoante singular: ssapasemente de mustarda (em vez de sass-) (Dhp 401); vka casca de rvore (emvez de vakka) (DN I 167); nyti vai embora.

    (b) Pli mostra uma vogal breve antes de uma consoante dupla onde originalmenteexistia uma vogal longa antes de uma consoante singular: nia ninho (Dhp148); udukkhala morteiro e pilo (Vin III 6); kubbara bordo (AN IV 191);pttika paternal (DN II 232) (no lugar de ptika).

    (c) Dado que a vogal nasal breve tem duas moras exemplo da vogal longa, umavogal nasal no raro aparece no lugar de uma pura vogal longa e vice versa:savarnoite (DN III 196) em vez de svar, sabbar; suka sino, em vezde ska, sukka. Por outro lado: vsati, vsa vinte; sha leo; srambhaaudcia, e outras palavras comeadas com sa- (antes de r).

    (d) s vezes uma vogal longa retida antes de uma consoante dupla, particularmenteem contraes, como em sjja = s ajja (Th 75). Tambm em derivativos:dusslyade dussla. Muito freqente svkkhta bem-proclamado [tratando-se

    da doutrina]) (Vin I 12).

    2.3 As vogais a, i , u (breves e longas).

    (a) Ocasionalmente eaparece no lugar de aantes de consoante dupla: phegguvazio, sem valor (MN I 194); seyy cama; ettha de itra(?).

    (b) As vogais i,uso alongadas nas terminaes flexionais -hi, -hi e -su, -sunas declinaes de -i, -u.

    (c) No raro i,u tornam-se ,antes de uma consoante dupla ou grupoconsoanteiro: vehu de vihu (DN II 259); nekkha ornamento dourado (Sn689), paralelamente ao nikkha (Vin I 38); oha camelo (MN I 80). Estgiosintermedirios: oj fora, vigor (DN II 285) atravs de jj, ujj; vihesatiprejudicar, insultar (Ud 44) (alm de vihisati) atravs de vihsati, vihissati,

    vihssati; paligedha desejo (AN I 66) e paligedhin (AN III 265) atravs de -giddha, -gddha, e -giddhin, -gddhin.

    (d) Estgios intermedirios com consoantes duplas devero, talvez, ser assumidas noscasos onde , tenham se tornado e,oem slabas abertas: edi, edisa,edisaka, edikkha tal um (Sn 313) atravs de iddi, ddi, etc.; jambonadaouro (Dhp 230) atravs de -unnada, -nnada.

    Estes foram os exemplos bsicos que demonstram o funcionamento da lei das moras.O campo da fonologia no pli muito vasto, mas uma parte dela s oferece interesseapenas para os estudiosos e fillogos. O ltimo assunto fonolgico que ofereceremos agora o sandhi.

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    Gr.Dic - 140

    paricarati muda-separijnti conhece corretamente

    vi: parte, separado, fora, distncia, abaixo

    vikirati dispersado em redorviggahti querela, brigavicarati move-se/muda continuamentevipassati v claramente

    sam: junto, junto com, integralmente

    sajujati une juntosakhipati coletasagahti contmsasarati perambula em redor continuamentesajnti sabe bem

    Nota: Alguns compostos verbais so formados com mais de umapreposio: adhi--vasati > ajjhvasati habita, sam-anu-passati > samanupassati v, sam-ud--carati >samudcarati comporta-se com relao a.

    Quando sam combinado com karoti, a consoante -s- inserida: sam-karoti > sam-s-karoti > sakharoti montar,

    reunir.(ii) Verbos combinados com advrbios.

    anto-vasati habitaalam-karoti adornavi-karoti torna clarovi-bhavati torna-se claroptu-karoti manifestaptu-bhavati torna-se manifestopurakkharoti pe na frente, honra

    (iii) Verbos combinados com um adjetivo ou um substantivo.

    Alguns adjetivos e substantivos so combinados com verbos de maneirasdiferentes:antarapermanece inal terada em antaradhyatidesaparece;

    attha usada no acusativo em atthagacchati vai para casa (= assenta-se). Alguns adjetivos e substantivos mudam sua vogal final para -i / -quando combinados combhavati/ karoti: dubbal-karoti enfraquece,bahul-karoti d valor, d muita importncia, vas-karoti sujeita,vas-bhavati cai sob o domnio/poder de, vina-karoti destri,sacchi-karoti realiza, tuh-bhavati mantm-se em silncio, atthi-karoti entende, sti-bhavati torna-se tranqilo.

    Gr.Dic - 29

    (a) A fim de fazer o sandhi, a vogal protegida (que segue) dever ser separada de suaconsoante dependente (que a precede), de maneira que a vogal possa ser determinada poroutro fonema que a segue (viyoga).

    (b) Quando o sandhi ocorre, a consoante guiada (determinada) pelo fonema quea segue (paranayana ).

    Em outras palavras, a slaba repartida nos seus elementos componentes,consoante(s) + vogal, antes que o sandhi se torne possvel (este ocorre ao nvel defonemas, no de slabas), e ele progressivo.

    3.2 Juno (Sandhi) de vogal.

    (a) Esta definida como substituio ou eliso de vogais: a combinao de vogais efetivada pela eliso ou mudana de uma de duas vogais contguas. Eliso da vogalprecedente (pubba) a mais comum. Quando as vogais so dissimilares, a vogal seguinte(para) poder, mas s excepcionalmente, ser elidida; os nicos casos regulares disto aperda da vogal inicial em iti, idni, iva, etc.

    (b) Quando a vogal precedente elidida, a vogal seguinte pode (no deve) serprolongada, exceto antes de um conjunto de consoantes. s vezes, quando um aou elidido, um iou utorna-se eou o, mas iva nunca se torna eva, iti nunca eti,e onunca elidido antes de iti. Em certos casos excepcionais, um longo poder serproduzido antes de um conjunto:

    na

    m

    d

    v

    sm

    +

    ayya

    aa

    aggha

    assu

    >

    >

    >

    >

    yya

    a

    ggha

    ssu

    sa + anta

    attha

    >

    >

    snta

    sttha

    Nota: O smbolo > significa torna-se ou transforma-se em.

    (c) s vezes:

    e> y o> v u > v

    ti > cc(no antes de ) i > y

    + eva > ariva

    gaparece como fonema de transiodepois de putha, p (> pag) quandouma vogal segue.

    bhi > bbh dhi >jjh (no antes de )

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    Gr.Dic - 138

    qual) no h abate, iti-hsohistria, iti-vdotradio, iti-vuttakaditos, akicanoalgum que no tem nada.

    Em pli os compostos so livremente formados. Eles no esto restritos a doismembros; compostos de trs ou mais membros, com relacionamento variado, so bastantecomuns. P.ex., kgrasl a sala da casa com empena (ko).

    3.1.2 Compostos Verbais.

    Razes verbais so amide combinadas com uma ou mais preposies ou com um

    advrbio, e s vezes at com um substantivo ou adjetivo. Essas palavras modificam osignificado fundamental do verbo; p.ex., gacchati vai, -gacchati volta (= vem), apa-gacchati vai embora, ni-gacchati amainar, se pr, sa-gacchati acompanhar,concordar, ud-gacchati > uggacchati subir, ascender, etc.

    (i) Verbos combinados com preposies.

    ati: a lm de, atravs de, muito mais

    atikkamati vai almatigacchati superaaticarati transgrideatibhujati come demais

    adhi: por cima de, sobre, em, no, para, a, grandemente

    adhigacchati chega a, alcana, obtmadhigahti sobrepujaadhihti baseia-se em alguma coisa, concentra-

    seadhibhavati supera

    anu: aps, ao longo de, de acordo com

    anugacchati vai atrs de, segueanukaroti imitaanubhavati passa por, submetido aanugahti tem piedade de

    apa: fora, distante, de, para fora de, adiante

    apacinti colhe, escolhe, respeitaapanudati afasta-se, parte em carruagemapaloketi olha para a frente, pensa no futuro

    api: sobre, em, no

    apidahti veste, cobre

    abhi: para, em direo a, oposto a, completo, superior a, portoda parte

    abhikkamati avanaabhijnti conhece plenamenteabhinandati regozija-seabhibhavati supera, sobrepuja

    Gr.Dic - 31

    i + u : cakkhu + indriya > cakkhundriya

    e + : kath + eva k > kath va k?

    e + o : pto+ eva > pto va

    + o : Moggallno+ asi > Moggallno si

    (c) Quando um aou precedente elidido, um iou seguinte poder,raramente, produzir a vogal forte e; e um uou produzir o(i.. a + i ou > e;

    a + u ou > o).kaha + udaka > kahodaka

    bandhussa + iva > bandhuss eva

    jina + rita >jinerita

    canda + udayo> candodayo

    yath + udake> yathodake

    upa + ikkhati > upekkhati

    na + upeti > nopeti

    udadhi + mi > udadhomi

    (d) Quando a primeira vogal elidida, a segunda s vezes alongada, desde queno seja seguida por uma consoante conjunta ou um .

    na + assa > nssa

    avijj + anusaya > avijjnusaya

    handa + aha > handha

    sace+ aya > sacya

    tatra + aya > tatr+ aya > tatrya

    tad + aha > tadha

    yni + idha > yndha

    kik+ iva > kikvabahu + upakro> bahpakro

    idni + aha > idnha

    tath + upama > tathpama

    appassuto+ aya > appassutya

    su + akkhto> svkkhato

    Mas, tambm, poder permanecer breve:

    paca + updna > pacupdna

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    Gr.Dic - 136

    com clios parecidos aos de uma vaca), sha-pubbakyoa crianacom a parte de frente do corpo parecido quele de um leo,cakkena khura-pariyantena um disco com o gume to afiadoquanto a navalha, govatiko kukkuravatiko o que se comportacomo uma vaca ou um co.

    c) Uma palavra que expressa uma parte do corpo humano e que deoutra maneira estaria no caso locativo, encontrada num b.s. no fimdo composto: patta-hatth bhikkh bikshus com tigelas nas mos,ludd lohita-pinocaadores com sangue nas mos, brhmanopaka-danto rajassirobrhmane com sujeira entre os dentes e compoeira na cabea, satt apparajakkh mahrajakkh seres compouca poeira nos seus olhos e (seres) com muita poeira nos seusolhos.

    A mesma construo usada com mano, antara: pti-manocomregozijo mental, dosantaro com dio dentro, ynenaitthiyuttena purisantarena numa carreta puxada por duas vacas eum touro entre elas.

    (iii) Dvanda samsa tornado em bahubbhi samsa.

    Existem somente poucos exemplos de d.s. tornado em b.s. A mudana efetivada ou tornando o composto num adjetivo ou pela adio do sufixo-ka / -ika / -in, ou pelo prefixo sa-: salkyo vavayo katvtendo feito os votos de vrias cores, antnantik (os que mantm) afinitude e a infinitude (do mundo), sarra sa-mansalohita o corpocom sua carne e sangue.

    (e) Avyaybhva samsa. Compostos usados como advrbios so relativamentecomuns, e ns j notamos que bahubbhis, exemplo de outros adjetivos, podero serusados desta maneira. Outro tipo de composto, que sempre indeclinvel, oavyaybhva (natureza-indeclinvel). Neste o primeiro membro um indeclinvel(preposio ou advrbio preposicional) ou um prefixo, o segundo usualmente umsubstantivo, e o composto funciona como um indeclinvel (o composto todo tornado emadjetivo como um bahubbhi samsa e usado ou como um adjetivo ou como umadvrbio). Enquanto numtappurisaou kammadhrayao segundo membro pode ser ditocomo predominante, e o primeiro estar subordinado a ele, num avyaybhva o

    primeiro membro que predomina. O segundo membro (final) regularmente tem a flexodo neutro nominativo/acusativo singular como forma indeclinvel.

    a) Com um prefixo como primeiro membro:ajjhattainternamente (adhi+ attan, transferido para o radical -a), atibha muito,demasiadamente, anulomaem ordem natural, em ordem normal (lit.:ao longo do cabelo loma = cabelo (do corpo)), anuvassaanualmente, anacchariy gth versos proferidos sob o impulso domomento (anacchariya = anu + acchar), eso anudhammovigarahito este um censurado pelo sbio de acordo com adoutrina, paccatta individualmente, pessoalmente, paipatha nadireo oposta, de outra maneira, pailoma em ordem reversa (lit.:

    Gr.Dic - 33

    Este you vpoder ento ser assimilado consoante anterior:

    anu + > anv > ann

    Ambos tu + eva e ti + eva produzem tveva; e ti + eva > teva.

    (h) Ocasionalmente, uma palavra com final em i, e& u, o(especialmente apsum k, kh, tou s) seguida de a modificada para ye v, e a alongada:

    so+ aha > sv+ aha > svha

    su + akkhto> sv+ akkhto> svkkhto

    te+ aha > tyha ou teha

    A mesma muda quando outras vogais seguem:

    su + akre> svkre

    so+ eva > sveva

    (i) Raramente, existe uma lacuna entre duas vogais:

    anu + esi > anuesi

    sa + upap > saupapo

    (j) As consoantes y, v, m, d, n, t, r, l, h so, s vezes, inseridas entre duasvogais para evitar uma lacuna.

    y : na + ida > nayidavuddhi + eva > vuddhiyevaeva > yevapari + > pariy

    v: ti + agula > tivagulapa + uccati > pavuccatijnapado(v) uhsih + eva > heva

    m: idha + ijjhati > idhamijjhatilahu + essati > lahumessatiaka + eka > ekameka

    d: atta + attho> attadatthotva + eva > tvadevasamm + a > sammda

    n: ito+ yati > itonyati

    t: tasm + iha > tasmtihaajja + agge> ajjatagge

    r: du + akkhto> durakkhtoptu + ahosi > pturahosi

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    Gr.Dic - 134

    ppicch mau desejo transformado num adjetivo que concorda com o substantivo queele qualifica: ppiccho bhikkhu um bikshu que tem maus desejos. Similarmente,taruavaccho bezerro novo torna-se taruavacch gvi uma vaca que tem umbezerro novo; antima-sarra o ltimo corpo torna-se antimasarro purisoumhomem que carrega o ltimo corpo.

    s vezes mesmo um tappurisa samsa e, em alguns poucos casos, mesmo umdvanda samsa so transformados em adjetivos: samaggrmo deleite em concrdiamtua e Gotamo samaggrmoGotama cujo deleite a concrdia mtua; ahika-sakhlika uma cadeia de ossos e ahikasakhlika sarra o corpo com suacadeia de ossos; rajo-jalla p e sujeira e rajojallikassaquele que est coberto compoeira e sujeira.

    Pelo ltimo exemplo dado torna-se claro que enquanto os b.s. so esencialmenteadjetivos, eles s vezes podem ser usados como substantivo: su-pao o que temformosas asas, i.., pssaro, atthasoo que tem oito facetas, i.., uma jia ou pedrapreciosa.

    a) Na maioria dos casos, um composto substantival mudado para umadjetivo simplesmente pela adio do sufixo -a / - / -a dependendo seo adj. qualifica um substantivo masculino, um feminino ou um neutro:ucchinna-mla torna-se rukkho ucchinamlouma rvore cuja raiz foradecepada, avijj ucchinnaml ignorncia cuja raiz foi decepada;dosotorna-se neutro como tia-dosni khettni ervas daninhas so a

    mcula dos campos.b) s vezes o sufixo -ka / -aka / -ika adicionado para masculino e neutro,

    e -ik para o feminino: bhruka-jtikoo que de natureza temvel, sa-devako junto com seus devas, ekaslke rmenum parque comnica sala, sa-bhikkhuko vso uma morada que tem bikshus,ctumahrjik dev os devas com seus quatro grandes reis.

    c) Alguns outros sufixos so encontrados em poucos casos: ppa-kamminoaqueles cujos atos so maus,dighaguli aquela que tem dedos longos,eva-jaccode tal nascimento, ratti nandi-mukhi a noite com sua facebrilhante.

    (i) Kammadhraya samsa tornada em bahubbhi samsa.

    a) Um kammadhraya samsa feito de dois substantivos, dos quais oprimeiro est em aposio ao segundo, freqentemente usadocomo um b.s.:jvita maranata vida que tem a morte comoseu fim, i.., vida que termina na morte, kya taca-pariyantao corpo que est confinado pela pele, atta-dp viharatha atta-sara permanecei tomando a si prprio como vossa luz (lamparina)e como vosso refgio.

    b) Um k.s., consistindo de um substantivo e um adjetivo usado comosubst., pode ser transformado num b.s. Os adjetivos so aqueles queindicam uma qualidade em alto grau, como seha, parama, vara,pubbagama , pabhutika, uttama, pamukha, etc.: mano-pubbagam dhamm mano-seha fatores que tm a mente

    Gr.Dic - 35

    + kh > akkh

    par + kamo> parakkamo

    tah + khayo> tahakkhayo

    mah + phala > mahapphala

    + sdo> assdo

    Algumas excees a esta regra so:

    vedan + khandho> vednakkhandho

    yath + kama > yathkkama

    pa + khandho> pakkhandho

    (c) Uma vogal antes de uma consoante s vezes alongada, outras vezes encurtadapor consideraes mtricas (em versos).

    Alongada: khanti + parama > khant parama

    jyati + soko>jyat soko

    maati + blo> maat blo

    nibbattati + dukkha > nibbattat dukkha

    Encurtada: bhovd+ nma so hoti > bhovdi nma so hoti

    yiha v + huta v + loke> yiha va huta va loke

    buddhe yadi v + svake> buddhe yadi va svake

    (d) oem soe eso, antes de uma consoante, s vezes muda para a.

    eso+ dhammo> esa dhammo

    so+ muni > sa muni

    so+ slav > sa slav

    eso+ patto> esa patto

    eso+ idni > esadni

    3.4 Juno (sandhi) de niggahta ()

    Trata da substituio ou eliso do niggahta (). A juno do , resumidamente, aseguinte:

    > , , etc., antes de k, c, etc.; + l> ll;

    +

    e

    > +

    h

    e

    como em

    h

    ta eva > ta eva1

    ;

    eva hi > eva hi

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    Gr.Dic - 132

    Acusativo: anta-karoque pe um fim, atta-tapo que causasofrimento a si prprio, sabba-jaho que tem deixado tudo,hadaya-gam que toca o corao, kla-katoque findou seutempo, vasa-gatoque caiu no poder de.

    Genitivo:vanas-pati senhor da floresta, i.., rvore, gavam-patisenhor do gado, i.., touro, disam-pati senhor das regies, i..,rei.

    Locativo: pubbe-nivso existncia anterior, majjhe-kalya

    bonito no meio, manasi-kro ateno, ante-vsi pupilo,jagati-padesoum local na terra, nabasi-gama movendo-se nocu.

    (ii) O segundo membro de um tappurisa samsa. O segundo membro de umt.s. pode ser:

    a) um substantivo ordinrio: amata-pada o caminho no-morte,giri-guh uma caverna na colina, rukkha-mla a raiz (o p) darvore.

    b) um substantivo de ao: dukkha-nirodho a cessao dosofrimento, thera-vdo a doutrina dos ancies, adinndnano tomar o que no dado, ceto-vimutti a emancipao docorao, anta-kiriy pr fim a.

    c) um substantivo-agente:go-ghtakomatador de vacas, mett-vihrihabitando na bondade-afetuosa ,cakka-vattaquele que manuseiaa roda, maccu-hyi vitorioso sobre a morte, bhta-vdi o quefala a verdade, dhamma-dharoo que conhece a darma de cor.

    Alguns desses substantivos-agentes so usados somente no fim de umt.s.:

    -ga: sangtigo ido alm dos grilhes, yathkammpagoandar de acordo com os prprios feitos.

    -ja: vri-jonascido na gua, i.., peixe, yoni-jonascido dotero, i.., nobre, muddha-ja nascido da cabea, i.., cabelo.

    -da: loka-doque d luz, anna-doque d comida, bala-do

    que d fora.-ha: dhammaho fundamentado na doutrina, gahahdonos de casa.

    -pa: majja-pobebedor de lcool, pda-pobebedor no p,dhenu-pobebedor de leite, i.., bezerro.

    -pa: go-poprotetor das vacas, i.., vaqueiro.

    -g: addha-g viajante, pra-g ido outra margem.

    -: mattau conhecedor de discrio, sabbauconhecedor de tudo.

    Gr.Dic - 37

    saya +jto> sayajto

    amata + dado> amatandado

    eva + me suta > evam me suta

    ala + me> alamme

    (b) antes de l, vezes, transformado em l.

    sa + lahuko> sallahuko

    pu + liga > pulliga

    sa + lpo> sallapo

    paisa + lno> patisallino

    (c) final antes de e ou h , s vezes, mudado para ; antes de e reduplicado.

    paccata + eva > paccata eva

    tva + eva > tva eva

    ta + khaa + eva > takhaa eva

    ta + hi tassa > ta hi tassa

    eva + hi vo> eva hi vo(d) final seguido de ypode com este combinar para formar ou .

    tesa + eva > tesa yeva > tesaeva

    sa + yogo> saogo

    ya + yad eva > yaad eva

    sa + yojana > saojana

    nantarika + yam hu > anantarikaam hu

    (e) final seguido de vogal pode se tornar m ou d.

    eva + ha > evam ha

    bhava + atthu > bhavamatthuta + aha > tam aha

    ki + eta > kim eta

    ta + attha > tam attha; tad attha

    eta + avoca > etad avoca

    ta + anatt > tad anatt

    ya + ida > yad ida; yam ida

    (f) final seguido de vogal ou consoante , s vezes, elidido; a vogal ento , emalguns casos, alongada.

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    Gr.Dic - 130

    (i) Kammadhraya samsa constitudo de dois substantivos. Quando um k.s. feito de dois substantivos, ento o primeiro membro modifica o segundo oucomo uma aposio ou como um segundo termo de comparao.

    a) Aposio. Um substantivo pode modificar outro substantivo comoaposio restringindo o significado do outro: sl-rukkho rvoresala, viriyindriya a faculdade de energia, tejo-dhtu oelemento calor, vuso-vdena com a palavra - irmo.

    b) Comparao. s vezes dois substantivos so juntados para formar um

    composto porque os dois exprimem um smile implicado. O que comparado colocado em primeiro no composto enquanto osegundo termo de comparao colocado em segundo: purissabhohomem-qual-touro, i.., um homem forte, akkhi-traka olhos-quais-estrela, i.., olhos brilhantes, cakka-ratanauma roda-qual-jia, i.., uma roda nobre (outra interpretao: uma jia-qual-roda,i.., uma jia em forma de roda. Neste caso isto pode ser visto tantocomo uma comparao quanto como uma aposio).

    c) Aqui devem ser classificados tambm compostos como: kusala-sakhta considerado como meritrio, brahma-bhtoque veioa se tornar como brahma, seha-sammato conhecido como omelhor, sakha-likhita brahmacariya vida casta to puraquanto uma concha.

    d) Um substantivo numeral tambm usado como aposio a umsubstantivo com o qual ele forma um composto: visati-manussvinte homens.

    (ii) Kammadhraya samsa constitudo de um adjetivo e um substantivo.Um k.s. pode ser formado de um substantivo antecedido por um adjetivoatributivo. Tal adjetivo pode ser:

    a ) um adjetivo ordinrio :mah-purisogrande homem, sabba-dna todo donativo, pubba-jti nascimento anterior,appa-lbhopouco ganho.

    b) um particpio:jia-koc velhas garas, ta-manusspessoas bem conhecidas, paluha-makkai um macacoqueimado, damma-gav boi a ser domado, bhojja-ygumingau de arroz apropriado para ser comido, anavajja-padni veredas irrepreensveis.

    c) um adjetivo que denota distino ou excelncia s vezescolocado aps o substantivo que ele qualifica:Rhula-baddhoRhula o sortudo, ratana-varonobre jia, muni-pavaroo nobre sbio, kamma-seha ao nobilssima.

    d) Quando modifica um particpio passado, o adjetivo pubba colocado aps o particpio: assuta-pubbupam um smileno ouvido antes, vso anavuttha-pubbouma residnciano habitada antes, dinna-pubba algo dado antes.

    Gr.Dic - 39

    onde uma lacuna for deixada entre duas vogais, o resultado pode ser escrito comouma palavra, como em: sugata, ou como duas palavras, como emtatra aya.

    (a) Quando iantes de uma vogal dissimilar mudada para y(de acordo com aregra parag. 3.2.1.[f]), este y, junto com a consoante precedente, submetida avrias mudanas. As finais -ti, -i, -dhi, di podero ser mudadas para cc,jjh; e-bhi pode mudar para bbh, quando seguidas por vogais.

    (i) ti > ty> cc:iti + ala > iccla/iccala

    iti + eva > ity+ eva > iccevaati + anta > aty+ anta > accantajti + andho>jty+ andho>jaccandhoiti + di > ity+ di > iccdipati + ayo> paty+ ayo> paccayo

    (ii) di > dy> jj:yadi + eva > yady+ eva > yajjevamnad+ > nady+ > najj

    (iii) dhi > dhy> jjh:addhi + > adhy+ > ajjhadhi + agam > adhy+ agam > ajjhagamadhi + okso> adhy+ okso> ajjhokso

    bodhi + ag > bodhy+ ag > bojjhag(iv) bhi > bhy> bbh:

    abhi + u(d)+ kir> abbhukkirabhi + uggacchati > abhy+ uggacchati > abbhuggacchatiabhi + okso> abbhoksoabhi + cikkhana > abbhcikkhana

    (v) pi > py> pp:api + ekacce> apy+ ekacce> appekacceapi + ekad > appekad

    (b) bbsubstitui um vduplo:ni + veh > nibbeh

    (c) Uma consoante seguida de uma vogal pode se tornar sonora:sat+ attho> sadattho

    (d) Antes de ti e pi qualquer vogal breve pode ser alongada (eles eram originalmenteiti e api):hoti + ti > hot tideva + ti > devti

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    aga-pai-agni > agapaccagni os membros menores e maiores, hura--hura > hurhura de existncia em existncia.

    (iii) Palavras repetidas duas vezes com um prefixo antes de cada membro:ud-aya-vi-aya > udayabbaya ascenso e queda, -caya-apacayo >caypacayo aumento e diminuio, -koita-pai-a-koita >kotitapacckotita achatado e prensado de tudo.

    (iv) Palavras que tm significados iguais ou muito similares:piti-sukha regozijoe felicidade, bala-viriya fora e energia, lbha-sakkra-silokoganho,

    bom tratamento e bom nome.(v) Palavras que tm significados opostos: udayattha ascenso e queda,

    cutpaptoascenso e queda, nind-pasas repreenso e louvor,saggpyocu e inferno, kaha-sukkni rpni objetos c laros e escuros,ajjhatta-bahiddh internamente e externamente, udda-adhoacima eabaixo.

    (vi) Substantivos que indicam seres humanos e divinos:deva-manuss devas ehomens, samaa-brhma ascetas e brmanes, ti-mitt parentes eamigos, Sariputta-Moggalln Sariputta e Moggallana.

    (vii) Substantivos que indicam animais:soa-sigl ces e chacais, ahi-vicchikserpentes e escorpies, accha-koka-taracchayoursos, lobos e hienas.

    (viii) Substantivos que indicam rvores, plantas, etc.:tia-kahodaka grama,lenha e gua, skh-pasa galhos e folhagem, aca-papaik cascae rebentos.

    (ix) Substantivos que indicam partes do corpo humano: kaa-nsa orelhas enariz,kesa-massu cabelo da cabea e do corpo, masa-lohita carnee sangue, hattha-pd mos e ps.

    (x) Substantivos que indicam alimento, bebida, roupa, alojamento, etc.: anna-pna comida e bebida, maccha-masa peixe e carne, cvara-bhatta manto e comida, ml-vilepana grinaldas e ungento, yuga-nagala canga e arado, vadha-bandhana aoite e amarrao.

    (xi) Palavras religiosas e filosficas: nma-rpa nome e forma, rga-dosa-mohluxria, dio e deluso, abhijjh-domanass cobia e mgoa.

    (xii) A maioria dos numerais so dvanda samsa: dvdasa dois e dez = doze,pacadasa cinco e dez = quinze, catursti quatro e oitenta = oitenta equatro.

    Nmero e gnero de um dvanda samsa. Um d.s. pode estar no singular ouno plural: asi-camma espada e escudo, candima-suriy lua e sol.

    O nmero de um composto no diz nada acerca do nmero de cada membro.Samaa-brhma pode significar samao ca brhmao ca, sama cabrhmao ca, samao ca brhma ca, sama ca brhma ca. Onmero de cada membro dever ser entendido do contexto.

    Gr.Dic - 41

    1.2 Casos gramaticais

    Existem na classe nome oito casos:

    (a) Paham Nominativo(b) lapana Vocativo(c) Dutiy Acusativo(d) Tatiy/Karaa Instrumental(e) Catutth Dativo(f) Chah Geni tivo

    (g) Pacam Ablat ivo(h) Sattam Locat ivo

    Casos so expressos por meio de terminaes adicionadas aos substantivos, adjetivose pronomes.

    1.3 Radicais ou morfemas lxicas

    A forma cr de um nome ao qual so acrescentadas as terminaes dos casos (morfemasgramaticais de flexo e de derivao) chamada de radical ou base. Um radical de nomepode terminar ou numa vogal ou numa consoante. De acordo com os gramticos antigos,todos os nomes pli, exceto o pronome ki, terminam em vogais. Mas, modernosestudiosos de pli consideram alguns dos radicais tais como atta (attan), rja (rjan),da(dain), pitu (pitar), bhagavantu (bhagavant), gacchanta (gacchant) e similares

    como consoantais (substantivos terminando em consoantes).

    1.4 Substantivos e adjetivos: Casos

    A seguir descreveremos o uso dos casos; estes esto resumidos na Tabela III.1.4.1 Substantivos e Adjetivos: Casos. Os paradigmas de declinao dos nomes so dados noApndice - Tabela III.1.4.2.

    1.4.1 Uso dos casos.

    (a) Nominativo.

    O caso nominativo usado como agente (ou sujeito) de uma frase ativa (ousujeito de um verbo ativo). P.ex.: brhmaopassati o brmane v.

    usado como atributo de um agente nominativo, incluindo um dele predi cado pormeio de um verbo significando ser (s vezes, no h verbo no pli neste tipo de frase).O atributo usualmente segue o agente. P.ex.: brhmaomahmatto hoti o brmane ministro. Sem verbo: eso samao este (o) asceta. Quando h um verbo queexpressa tambm uma ao, tal atributo ainda pode ser aplicado a um agente (semqualquer verbo no significado de ser): brhmao mahmatto passati o brmane (que) ministro v.

    O nominativo usado com certos indeclinveis relacionando-o ao, no lugar deoutro caso diretamente relacionado com o verbo: yena gmo. . . upasakamati (ele)aproxima-se. . . em direo aldeia.

    A forma nominat iva usada quando uma palavra citada (para se referir a si mesma):kyo ti corpo.

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    verbal. Quando este um subst., um adj., um pron., ou um numeral, ele aparece na suaforma de radical: assadamako, treinador de cavalo; bhikkhusagho, a assemblia debikshus. Alguns pontos, porm, devem ser anotados:

    a) Alguns radicais em -a mudam sua vogal final para -quando combinadoscom formas de verbo bh- e kar-:

    kaddama-kata > kaddamkata tornado em lamadubbala-karaa > dubbalkaraa enfraquecendosta-bhta > stbhta que se tornou calmo

    missa-bhta > missbhta que se tornou mistosammukha-bhva > sammukhbhva o fato de estar presenteeka-bhva > ekbhva o fato de estar s

    b) Os radicais masculinos em - encurtam sua vogal final: vi-jtika >viujtika sbio por nascena

    c) O radical go- mantm-se inalterado antes de uma consoante, mas torna-segav-antes de uma vogal: go-ghtako> goghtako matador de vacas; go-assa> gavassa gado e cavalos.

    d) Os radicais femininos em -, -, - encurtam suas vogais finais em algunscasos: mett-citto> mettacittocom um corao bondoso; ds-dsa> dsidsa uma criada e um empregado.

    e) Em composio os adjetivos tomam sempre o mesmo radical, quer sejamseguidos por um substantivo masculino ou feminino ou neutro: piya-puttoquerido filho; piyamt querida me; piyageha querida casa.

    f) Ratti s vezes mudado para ratta, usualmente com o sentido de tempo:ratti- > ratta aquele que sabe o tempo apropriado.

    g ) Rad icai s em -ar: pitar, mtar, etc. usualmente tm seus radicais em -u:pitar-rakkhita > piturakkhita protegido pelo pai; mtar-ghtaka >mtughtaka matador da me (matricida).

    Em dvanda samsa, porm, existem as formas pit, mt: mt-pitarome e pai; pit-putt pai e filhos. Em alguns casos existem tambm asformas matti e petti: matti-sambhavonascido de uma me.

    Nota: Para facilitar o entendimento, s vezes separamos os membros do

    composto por hfen uma prtica adotada em algumas edies europias; masnem todos so consistentes nisso.

    h) Existem uns poucos compostos nos quais o primeiro membro termina emconsoante: khud-pipsa > khuppipsa fome e sede; vc-karaa >vkkaraa conversando.

    i) Radicais em -as usualmente mudam o -as para -o. Em muitos casos, porm,o radical j ter passado para o radical temtico: pas-maya > pomaya feitode gua; uras-go> uragoserpente.

    Mas rajas no mudado em combinao, da rajas-sirocom poeira nacabea; enquanto vacas s vezes tem sido mudado para vac: vacas-kamma > vackamma ao verbal.

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    (d) Instrumental.

    O caso instrumental usado para exprimir o instrumento por meio do qual uma ao efetuada. Ele abraa uma ampla faixa de idiomatismos, incluindo coberto de poeira,. . . com roupas, ficar aprazido com ou por uma fala ou vendo algo, e mais umasrie de usos especiais (v. abaixo).

    Quando a ao de uma frase expressa por um verbo passivo, o agente expressopelo caso instrumental (v. Frases passivas, mais adiante).

    Alguns dos usos mais ou menos distintos do caso instrumental so os seguintes.

    (i) Acompanhamento: brhmaena saddhi com o (= acompanhado do)brmane.

    (O indeclinvel saddhi com geralmente usado nessas expresses, seguindoo substantivo, e ele requer o instrumental. Conversando, discutindo [mant] com umapessoa no precisa vir com saddhi).

    (ii) Posse (dotao): Um particpio passado no significado de dotado de, ou oinstrumental do pronome reflexivo, usado com a palavra que indica virtude ou vcio emquesto, no instrumental: slehi samannagtodotado de virtude/moral.

    (iii) Cheio (de); enchido (com...): Indica o contedo cheio de gua, cheio defelicidade, etc. P.ex., saddena com (= cheio de) barulho; pariyuhit kilesehi cheiode defeitos.

    (iv) Instrumento ou causa (em discurso cientfico/filosfico o caso ablativo usadopara expressar conexes causais): bhagavat vdena kupitoirritado com a declarao(fala) do Afortunado; kyena phusati ele toca com (seu) corpo; tunhbhvena eleaquieceu com (seu) silncio; pattena com/pela/numa tigela;atthena (devido) a estamatria/negcio; cvarena santuhosatisfeito com o manto; karanyena (engajadoem algum) negcio/afazer; imin pagena (tu no deverias ir) por esta razo (agam= membro, caracterstica, fator, e assim usado em expresses tais como devidoa isso, por esta razo: relacionado dotao).

    (v) Igualdade:samasamo vaena perfeitamente igual em beleza. Ao fazer umacomparao o instrumental pode ser usado somente se o ato de comparao primeirodescrito geral e indefinidamente:purisena purisa(comparando) homem com homem;(para uma comparao especfica e conclusiva isto melhor do que aquilo , o casoablativo usado).

    (vi) Preo: sahassena por um milheiro (i.., vendido por 1.000 kahpaas, amoeda de prata padro).

    (vii) Caminho (por que caminho, direo): por um caminho, por outro caminho;dvrena pelo porto (entrando, saindo).

    (viii) Direo, orientao: Do oeste ao leste (ambos no instrumental) e cada umseguido do indeclinvel ca; pacchimena pelo oeste.

    (ix) Maneira: imin deste modo; imin pariyyena atravs deste curso(procedimento), desta maneira; kyena paisavedeti ele experimenta por meio deseu corpo; santena calmamente (assim instrumentais podem ser usados comoadvrbios de maneira: sobre seu lado direito [maneira de deitar]); kicchena adhigataentendido com dificuldade; ele sentou-se praticando um certo tipo de meditao

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    sua forma radical (palavras em -anttm o fraco radical -at, aqueles em -an perdem o -n).O composto funciona gramaticamente numa frase como se fosse uma nica palavra, masamide o significado simplesmente a combinao dos significados das palavras queformam-no justamente como se elas fossem palavras separadas numa frase ou perodo.O prefixado membro no flexionado representa o plural assim como o singular,dependendo do contexto. s vezes, embora no freqentemente, palavras compostas tmsignificados especiais, restritos.

    Na lngua portugusa a composio se d por justaposio ou por aglutinao.Madressilva um composto, mas significa uma trepadeira, e no se trata de madresilvestre. A mesma coisa pode ser dito de pernilongo, um tipo de mosquito; aguardente(gua + ardente), uma bebida alcolica, e no uma gua que ardente. Os primeiros doisso exemplo de justaposio, e o ltimo, de aglutinao. Em pli existem seis tipos decompostos, alguns dos quais no tm exatas correspondncias em portugus. A fim deentender os perodos pli que contm compostos, uma classificao dos compostos feitade acordo com a relao que existe entre seus membros e entre os compostos e outraspalavras das frases. Inicialmente, daremos uma classificao simplificada baseada na formados compostos; em seguida teremos uma anlise mais detalhada por tipo de composto.

    3.1.1 Classificao baseada na forma.

    (a) Co-ordenao.

    aho-ratt dias e noites; soka-parideva-dukkha-domanass-upys tristeza,

    lamentao, dor, desgosto e desespero; asssa-passs exalao e inalao. Aqui, aoltimo membro foi dado a forma plural, ou porque h vrios membros, cada um sing., ouporque existem vrios de cada. Alternativamente, o nt. sing. usado e o composto tratado como um subst. coletivo.

    (b) Compostos determinativos.

    Neste, um membro est numa relao de caso gramatical a outro. O compostopoder, p.ex., ser usado como substituto do caso genitivo ou instrumental. Exemplos:dukkha-samudayo origem do sofrimento; kma-tah sede para prazer-sensual;satthu-gravena por respeito ao nosso mestre; avijj-anusayouma tendncia paraignorncia;sla-sampanna dotado de virtude;kla-vdinfalando no devido tempo;sammsambuddha-desita ensino pelo que perfeitamente entendeu.

    (c) Compostos com um adjetivo como 1 membro.

    ariya-sacca a nobre verdade; asesa-virga completa indiferena.

    (d) Compostos com um advrbio como 1 membro.

    samm-sambuddha aquele que entendeu perfeitamente; samm-dihi visocorreta; tatra-abhinandinencontrando satisfao acol.

    (e) Compostos com uma conjuno como 1 membro.

    yva-jva enquanto eles viverem; yath-bhta como realmente .

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    (e) Dativo.

    O caso dativo usado para expressar o propsito de uma ao feita e a pessoa aquem algo dado (objeto indireto). O dativo pode exprimir a pessoa para quem algo feito ou a quem algo que acontece vantajoso (dativo de vantagem). tambm usadocom um certo nmero de verbos individuais. Formalmente o dativo pli amplamentecoincide com o genitivo. Quando a forma ambgua, o caso poder, geralmente, serreconhecido de seu relacionamento ou com outro substantivo (genitivo) ou com o verbo(dativo). Em todas as declinaes, formas genitivas so usadas para o dativo tambm,mas, uma inflexo dat iva existe ao lado desta para o singular dos masculinos e neutros ema: pio (nom.) > pidya ou piassa (dat.); nibbna (nom.) > nibbnya ounibbnassa (dat.).

    A declinao em ya tem o significado especializado de propsito: gma pidyapvisi ele entrou na aldeia para donativos.

    Entre os verbos que adquirem o dativo esto os seguintes. Pode-se tambmacrescentar aqui algumas outras palavras que tomam o dativo, e algumas oraes dativasmiscelneas. O dativo usado com o verbo khamati agradar, aprazer (algum [dat.])(mas rdheti toma o acusativo), e com o mesmo verbo quando significa perdoar(algum [dat.], algo [acus.]). O verbo paissuti consentir, concordar (com algum)toma o dativo. Com o verbo upahahati, upahti servir, atender a algum ou algo(dat.), especialmente na conjugao causativa: causar as enfermeiras a atender aomenino (dat.) ; causar a mente a atender ao conhecimento. O verbo dhretino sentido

    de segurar, suportar toma o dativo da pessoa sustentada, e no significado de dever eletoma o dativo da pessoa a quem se deve algo. O verbo roceti informar toma o dativoda pessoa informada (enquanto quemanteti toma o acusativo). Verbos no significado deestar zangado com (kuppati, etc.), amaldioar, imprecar (sapati), ansiar, anelar por(pihayati), e ficar claro a (paksati, [pkaa: visvel, aparente]), aparecer, ficarmanifesto a (ptubhavati) tomam o dativo.

    O adjetivo piya caro toma o dativo da pessoa a quem se dirige.

    Pelo amor de, por causa de, em ateno a, no interesse de (= dativo de propsito) expresso por atthya precedido do genitivo da pessoa ou objeto do empreendimento.

    O indeclinvel ala (suficiente, bastante, adequado, perfeito) toma o dativo.Alm do significado regular de suficiente (para qualquer propsito), ele tem o sentidoidiomtico de recusa ou objeo (basta! = pare!, Eu no [desejo]!, etc.) com dativo

    da pessoa para quem isto suficiente ou suprfluo (Eu no [desejo/quero]! = ala me;isto suficiente para voc = ala vo).

    O particpio negativo (futuro passivo) abhabba, com funes de adjetivo significandoincapaz, impossibilitado, toma o dativo da ao que no pode ser feita, se esta ltima expressa por um substantivo (substantivo de ao).

    Quando votos (bons votos) so expressos, o dativo usado para a pessoa a quem elesse destinam: que haja (hotu) longa vida para ele; bhadda bhavato hotu que tenhasboa sorte/existncia afo rtunada; svgata bhavato hotu boas-vindas a ti. Similarmen-te ao svgata (boas-vindas!, bem-vindo!) os indeclinveis sotthi (segurana,seguramente) e namo(salve!) tomam o dativo.

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    raro em pli, de maneira que ao invs de construes em portugus do tipo: ele disse (oupensou) que assim e assado ou quando ele perguntou assim e assado, encontramosdiscurso direto com ti: assim e assado ti ele disse.

    Qualquer vogal curta que precede imediatamente ti alongada. O nasal puro mudada para o nasal dental n.

    eva dev ti, () assim, majestade (fim de citao)neso natth ti vadmi, Eu no digo isto no existe.

    (Aqui a primeira na vai com vadmi e a segunda com atthi; a citao

    comea aps a primeira na, com eso).Este indeclinvel s vezes aparece em forma inteira: iti, que enftico e pode

    geralmente ser traduzido por isto, aquilo, ass im. Ele pode referir-se a uma declarao(ou um ponto de vista ou conceito filosficos) a partir de uma distncia ao invs de marcaro fim das palavras vigentes. As duas formas podem ser usadas juntas para maior nfase.

    4.5.6 Subst. e adj. compostos com verbo.

    Alguns substantivos e adjetivos so s vezes combinados com verbos da mesmamaneira que prefixos, e adquirem uma forma indeclinvel quando assim combinados. Osverbos usuais nesta forma so kar e bh, e o significado aquele do subst./adj.transformado em verbo com uma divergncia mais ou menos idiomtica: garu-kar= darrespeito a (tornar pesado) e sat-kar= entreter (fazer bem, da fraca raiz sant-). A formaadverbial amide derivada pela substituio de uma a final por : udak-bh =consistindo de gua. Alm do p.pass. bhta, que pode ser usado como substantivo, oderivativo subst. (de bh) bhvo, natureza, estado de pode ser usado: ek-bhvo=natureza nica, unidade (lit.: s-natureza, uni-natureza).

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    substantivo no genitivo expressando ou o agente ou o paciente da ao do particpio (osassim chamados genitivo subjetivo e genitivo objetivo respectivamente).

    Exemplos do agente-genitivo (gen. subjetivo):

    brhmaassa pj ito(Soadado) (Sonadanda foi) honrado pelo brmane;yesa (= yehi) dev adih dos quais os devas so no-vistos (partculaneg. a-) = aqueles qua no tem visto os devas.

    Exemplo do paciente-genitivo (gen. objetivo):aha tassa yaassa yjet eu (era) o executor desse sacrifcio.

    (yjet um substantivo-agente, nom. sing., significando sacrificador [do verboyajati, sacrificar]).

    O genitivo considerado tambm um substituto do instrumental quando ele usadoem conexo com enchimento (comp. o caso instr.). Exemplo com o adjetivo pracheio (no um particpio): kumbhi pra suvaassa pote cheio de ouro(kumbhi = acus. de kumbhpote).

    O genitivo tambm usado com certos indeclinveis, tais como pihitoatrs;puratoantes, diante, na frente de; antarena entre: me puratona minhafrente;kynam antarena entre os corpos (corpo aqui = ltimo corpo, elemento,tomo). O idiomatismo: uttara nagarassa ao norte da cidade.

    Uma orao chamada de genitivo absoluto consiste de um substantivo (ou pronome)seguido por particpio, ambos declinados no genitivo. Esse nexo fica parte das outras

    palavras da frase e significa enquanto (o substantivo fazia o particpio) O agente donexo diferente do agente da frase principal. Freqentemente o genitivo absoluto tem osentido especial de desconsiderao: a despeito (do substantivo fazer o particpio),debaixo de seus prprios narizes, como quando o particpio significa vendo,olhando. P.ex.: telassa j hyamnassa enquanto o leo est queimando ([j]jhe,jhyati queimar, um homnimo de [j]jhemeditar); mtpitunna (pl.) rudant-na pabbajitoa despeito de seus pais chorarem ele foi para diante = embora seuspais estivessem chorando, ele foi para diante (= tornou-se asceta).

    O genitivo absoluto til para construir uma frase com dois agentes.

    (g)Ablativo.

    O ca