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DOE NÇA DE VON GIERKE GRUPO: José Aparecido Job Neto Lucas Denadai Luiza Moulin Marino

Caso Von Gierke

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DOENÇA DE VON GIERKE

GRUPO: José Aparecido Job NetoLucas DenadaiLuiza Moulin Marino

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INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE A DOENÇA

Doença autossômica recessiva

Mutação: 17q21± ausência da enzima Glicose6Fosfatase-Primeira demonstração de uma deficiência hereditária

relacionada a uma enzima hepática

Principal consequência: mudança no metabolismo do glicogênio

Incidência: 1:100k a 1:400k

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GLICOGÊNIO

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GLICOGÊNIO HEPÁTICO X GLICOGÊNIO MUSCULAR

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Glicogênio muscular : é paraUSO LOCAL, portanto NÃOTEM papel na manutenção daglicemia.

Glicogênio hepático:responsável pela manutençãoda glicemia por meio daglicogenólise em períodos de

 jejum (entre 2h e 30h).

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GLICOGÊNESE: sintese de glicogênio a partir de unidadesde glicose.

Glicose Glicose 6P

Glicose 1P

UDP UDP -Glicose

Glicogênio não-ramificado Glicogênio

  ATP ADP

1

3

2

1 ± Hexoquinase

2 ± Glicogênio Sintase

3 ± Enzima ramificadora

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GLICOGENÓLISE: degradação do glicogênioGlicogênio Glicose 1-fosfato

Glicose 1-fosfato Glicose 6-fosfato

Glicose Piruvato Lactato1- Glicogênio Fosforilase2- Fosfoglicomutase

3- Glicose 6-fosfatase  Acetil CoA(este processo só ocorre no fígado)

CO2 e H2O

1

2 3

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O fosfato é utilizado para clivar o glicogênio.

Via com controle endócrino por glucagon eadrenalina.

 A partir da glicose 6-fosfato temos caminhos

diferentes, dependendo do tecido.

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NEOGLICOGÊNESE: ocorre

no fígado e no córtex renal.Principais precursores:lactato, aminoácidos eglicerol.

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Paciente :13 anos, 128cm e 22.4kg.

 Apresenta abdome dilatado.

Relata fraqueza frequente, acompanhada de sudorese e palidez quedesaparecem com a ingestão de alimentos.

Teve desenvolvimento lento e tem desempenho escolar insatisfatório.

 Apresenta fígado aumentado, liso, caído para a pelve.

Células hepáticas inchadas e dilatadas com áreas portais comprimidase enrugadas sem reação inflamatória.

Grande quantidade de material hidrolisável por amilase salivar.

CASO CLÍNICO:

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Glicogênio hepático (g/100 g de fígado):Paciente: 11 Normal: 8

Lipídeos (g/100g de fígado)Paciente: 20 Normal: 5

Glicose-6-fosfatase (unidades/100g de fígado)Paciente: 22 Normal: 210 50

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DOENÇA DE VON GIERKE:

 A glicose 6-fosfatase é a última enzima da via de degradação doglicogênio no fígado para dar glicose. A enzima retira o grupofosfato da posição 6 da molécula da glicose 6-fosfato.

 A glicose pode atravessar a membrana do hepatócito, mas aglicose 6-fosfato não atravessa.

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Na doença, a glicose 6-fosfatoacumula-se dentro do hepatócito,retardando toda a via de degradaçãoe retendo o glicogênio, que passa aser abundante na célula hepática.

O aumento do volume doshepatócitos leva ao aumentodo fígado como um todo(hepatomegalia).

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ABDOME DILATADO E FÍGADO INCHADO:Teor baixo deglicose nosangue

Glucagonpromoveliberação delipídeos

Lipídeosacumulam-se nofígado

Neoglicogênesee glicogenólisenão ocorrem

Inchaço dofígado edilatação doabdome

Glicerol usado nagliconeogênese eácidos graxos sãoacumulados no

fígado paraserem reduzidosa corpos cetônicosFalta da enzima

Glicose 6-fosfatase

 Acúmulo deglicogênio nofígado

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Biópsia mostra: acúmulo de glicogênio e de lipídeos no parênquimahepático.

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FRAQUEZA, SUDORESE E PALIDEZ:

São todos sintomas de hipoglicemia, então desaparecem coma ingestão de alimentos.

Falta da enzimaGlicose 6-fosfatase

Neoglicogênese eglicogenólise nãoconseguem regular a glicemia

Hipoglicemia

 ALIMENTAÇÃO =

ENTRADA DEGLICOSE NOSANGUE

Normalização daglicemia =desaparecimentodos sintomas

 A hipoglicemia acarretaliberação de adrenalina, visandoestimular a glicogenólise.Temos, como efeito colateral,sudorese e palidez.

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DESENVOLVIMENTO LENTO, BAIXO PESO E BAIXAESTATURA:

O cérebro é o orgão com maior demanda por glicose. Comoo paciente tem hipoglicemia sempre que fica algumas horas

sem comer, seu cérebro não se desenvolveu como deveria,causa do desempenho escolar sempre insatisfatório.

 Além do cérebro, o paciente tem problemas de crescimento.Com a falta de glicose, o crescimento dos tecidos é mais

lento, o que explica seu baixo peso e sua baixa estatura,causa da musculatura pobre.

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RESULTADO DO EXAME DE SANGUE COLETADO EMJEJUM:

Referência

Glicose sérica (mM) 2,8 (3,9 a 5,6)

Como a glicose 6P não é transformada em glicose por conta da falta da enzimaresponsável, o nível de glicose no sangue é baixo (hipoglicemia)

 Ácido Graxo livre plasmático (mM) 1,6 (0,3 a 0,8) Triglicerídeos Séricos (mM) 3,15 (0,3 a 1,5)

Com a falta de glicose no sangue, os lípideos tornam-se a fonte de melhor rendimento energético. Estando o glucagon em excesso na corrente sanguínea,esse provoca a lipólise. Tal processo faz com que a concentração de ácidograxo aumente no organismo.

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Referência

Corpos Cetônicos (mM) 70 (< 7)

No fígado, o ácido graxo é oxidado. Contudo, como há um excesso dessecomposto devido à lipólise, há uma grande produção de Acetil CoA. Apenas uma pequena parte de tal substância é oxidada. Assim, o Acetil CoAé convertido em corpos cetônicos, que são uma alternativa energética para oorganismo.

pH 7,25 (7,35 a 7,45)

Os corpos cetônicos possuem caráter ácido. Assim, como estão em excessono sangue, provocam uma acidose.

CO2 (mM) 12 (24 a 30)

O aumento da concentração de lactato e de corpos cetônicos leva àdiminuição do pH sanguíneo, consumindo íons bicarbonato como efeito detamponamento, deslocando o equilíbrio da reação abaixo para a esquerda e,portanto, diminuindo a concentração de CO2 no sangue.

HCO3 + H CO2 + H2O

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Referência

Piruvato (mM) 0,43 (0,05 a 0,1)Lactato (mM) 6,6 (0,6 a 2,0)

 A oxidação de ácido graxo produz muito piruvato. Parte desse piruvato étransformado em acetil CoA, que participa do ciclo de Krebs; estando emexcesso, grande parte do piruvato se acumula, elevando, também, osníveis de lactato, já que ocorre uma interconversão dessas substâncias.

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ENZIMAS COM NÍVEIS INALTERADOS NA DOENÇA:

Glicogênio fosforilase, fosfoglicomutase e glicose 6-fosfatodesidrogenase.

Glicogênio

Glicose1P

Glicose6P 6Fosfoglucanato

Glicose Inicio da via das pentoses

GlicogênioFosforilase

Fosfoglicomutase Glicose 6P-desidrogenase

Glicose 6fosfatase

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TRATAMENTO:Objetivo: manter os níveis de glicose sérica, por meio derefeições frequentes e controladas, prevenindo a hipoglicemia.

Lactose, galactose, frutose e sacarose devem ser evitados, poistambém dependem da glicose 6-fosfatase para seremmetabolizados; assim, previne-se a acidose.

Uma dieta rica em proteínas não é recomendável, já que a

neoglicogênese é afetada na doença.

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OPÇÃO DE TRATAMENTO: ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL DE ALIMENTO

PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS 

-Diminuição da hipoglicemia e - Risco de aumentar odos sintomas relacionados à ela. acúmulo de glicogênio.

-Alternativa para pacientes com - Risco de embolia, flebitegrandes restrições alimentares. e complicações mecânicas.

-Alternativa para pacientes com - Grande custo.problemas de absorção.

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OUTRAS GLICOGENOSES:

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:-DEVLIN, Thomas M. Manual de Bioquímica com CorrelaçõesClínicas. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 4ª ed, 2000;

-KARLSON, Peter. Patobioquímica. Rio de Janeiro: Ed. GuanabaraKoogan, 1978;

-CHAMPE, Pamela C.; HARV ARD, Richard A.; FERRIER, Denise R.Bioquímica Ilustrada. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2008;

- http://www.portalfarmacia.com.br/farmacia/principal/conteudo.asp?id=260.