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  • 7/29/2019 jungapostila

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    JUNG - Carl GustavCONTEDO Exemplos

    CONSCIENTEPersona a forma como nos apresentamos ao mundo de

    forma sadia mostramos algo que verdadeiro e

    omitimos outros.No confundir com mentir sobre quem somos, ouinventarmos algo sobre nossa forma de ser que no

    seja real.

    Utiliza os pontosfavorveis do produto

    Ego tudo que conhecemos sobre ns. Realidade do produto

    INCONSCIENTESombra O que reprimimos e aquilo que no gostamos em

    nosso ser, pode ser algo at aprovado pela sociedade,porm renegado pela prpria pessoa.

    Importante o serhumano poder

    experimentar osprodutos. Depois quebrincamos com algo difcil largar isto em

    qualquer idade. Por istoo teste drive, desperta o

    desejo de possuir oproduto.

    Anima a parte de sentimentos femininos nos homem comointuio/sensibilidade/

    o ser ambivalente seremos completos quando a imagem que o homem tem da mulher

    Ambivalncia desentimentos, posies

    trocadas. Existe umcomercial de um homem

    comprando lingeriesente a maciez como seele prprio fosse usar

    Animus a parte de sentimentos masculinos na mulher comoao/fora/virilidade

    Comercial em que amulher usa o

    desodorante do marido e

    desperta a paixo dasmulheres.

    Self Nossa essncia/totalidade . O ponto central. acircunferncia total que compreende o consciente e

    inconsciente. a imagem que a mulher tem do homem

    mostrar o pontoprincipal do produto

    INCONSCIENTECOLETIVO

    Conjunto de imagens impulsos e tendncias que umapessoa no adquire por si, mas herda de toda

    civilizao.Sincronicidade Conexo entre fenmenos exteriores e interiores sem

    relao causal(premonies/sonhos/viso/sentimento)

    diferente de causalidade a intuio por exemplo,eu penso em ligar para uma determinada pessoa e

    esta me liga sincronicidade. As pessoas que utilizammais o lado direito do crebro percebem mais as

    sincronicidades, do que aquelas pessoas mais rgidas.Causalidade a leia de causa e efeito.

    Comercial de um bancoem que o personagem

    precisa de dinheiro

    passa em frente a umco perdido que

    pertencia a uma ricasenhora nem

    percebe ...passa emfrente ao banco queoferece uma srie de

    vantagens e nempercebe as oportunidade

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    perdidas.Arqutipos Temas /figuras antigas que reaparecem

    Os smbolos de imagens universais (religies/lendas,contos de fadas)

    Um carto de crditoque coloca a histriados trs porquinhos.

    Com o carto elesconseguem fazer uma

    casa mais segura, pormo lobo mau tambm se

    utiliza do carto eadquire algo mais

    potente do que seuassopro unio dearqutipo com anecessidade de

    mudanas rpidas.Smbolo Representao de algo a estrela de David, a cruz que

    representa a religio cristO processo de individuao a evoluo que a pessoa busca o crescimento pessoal. Na

    busca da harmonia entre consciente e inconscienteO crebro entende somente imagens, sendo a forma que fica registrada em nosso inconscienterapidamente.Os smbolos so fortes. So ativados quando utilizamos presente/passado /futuro. O sentimentoatemporal desperta a sensibilidade , os desejos mais profundos do ser humano.COMPARAO DO CREBRO COM RELAO A VIBRAO DA TERRA

    VIBRAO Estado0.5 3.5 CPSciclos por segundoDELTA

    Coma. Mesmo em coma a pessoa percebe dealguma forma o que ocorre a sua volta

    4.0 7.0 CPSciclos por segundoTETA

    Regresso ao inconsciente. Propicia maioresclarecimento de vida.

    8.0 12.0 CPSciclos por segundo

    ALFA

    Relaxamento. Maior concentraoUtiliza mais o lado direito do crebro.

    Fica mais atentoImaginao frtil mais aflorada. At os cinco anosde idade vivemos em alfa (geralmente)10.5 CPSciclos por segundo a vibrao da terra emrelao ao universo. Por isto quando entramosem alfa conseguimos maior integrao com tudo anossa volta.

    13 21 cpsciclos por segundoBETA

    Lado esquerdo do crebro

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    JUNG E OS SMBOLOSPor Oleni de Oliveira Lobo

    Quando perguntavam a Michelangelo como ele conseguiu imprimir tanta beleza em suaescultura, ele respondia que no havia feito nada alm de apenas retirar o excesso, pois a belezaestava no interior do mrmore.

    Carl Gustav Jung, afirmava que a beleza do ser humano se encontra em sua essncia, emsua totalidade, que consiste em uma bem sucedida unio do ego, ligado a nossa menteconsciente e do self que a pedra filosofal, o centro que compreende a expresso mais completado ser humano, os dois se completam, mas ambos devem preservar suas qualidades intrnsecas,pois ao ser subjugado pelo self, o ego permanece rgido em um nvel primitivo exprimindo-sesomente por meio de smbolos arcaicos.

    A persona o sistema de adaptao ou a maneira que se d a comunicao commundo, a atitude consciente do indivduo, a mscara que usa perante os outros. Conceitodefinido para descrever uma falsa imagem global e esquemtica que a pessoa utiliza em seu meioe do efeito que este exerceu sobre ela; cabe ressaltar, porm que os contedos desta imagempertencem ao ser humano. como nos comunicamos no social.

    I. A tarefa da individuao obter o todo, uma unidade indivisvel atravs da unio entre oconsciente e inconsciente utilizando como ponte os smbolos e a fantasia ativa.

    ......A vida sempre me pareceu uma planta, que vive de sua raiz. Sua verdadeira vida invisvel, escondida na raiz. A parte que desponta acima do solo dura somente um nico vero.Depois fenece .... uma efmera apario..... Carl Gustav Jung

    Para Jung plasticidade e versatilidade estavam ligadas a vida. As metamorfoses queocorrem em sua essncia que fazem o ser humano imortal. Assim como sinto a presena dele(Jung) ainda viva em nossos tempos.

    Conhecer-se significa familiarizar-se com um vasto nmero de representaes psquicasde contextos geogrficos, histricos e culturais, ou seja o indivduo constitui-se psicologicamenteuma unidade separada e ao mesmo tempo unida humanidade toda.

    A conscincia conta com vrios focos possveis de subjetivao, do ponto de vista daenergia diferentes funes traduzem o movimento predominante da libido; baseado no esquema dabssula da psique, ele divide o indivduo em plos. Para orientar-nos necessitamos de umafuno que constate QUE ALGO - Sensao, uma Segunda funo que estabelea O QUE

    Pensamento, uma terceira QUE DECIDA se isso nos convm ou no, e se desejamos aceit-loou no - Sentimento e uma Quarta funo que indique de ONDE PROVM E PARA ONDE VAI

    Intuio.Fantasia ativa que representa a unidade de vrios pares de opostos:

    Introverso/extroverso, o sentimento/pensamento e a intuio/sensao.A princpio Jung relacionou introverso com o ser pensante e extroverso com o ser

    sentimental, modificando esta posio ao perceber que as civilizaes ocidentais favoreciam oextrovertido em detrimento do introvertido. Em sua concluso estas tipologias ganharam um novoenfoque: Extrovertidos - possuem fascinao pelo mundo exterior, interesse por pessoas,preocupao com o presente, suas decises so comandadas pelos fatos e no por valoressubjetivos enquanto os Introvertidos - possuem preocupao com o mundo interior, em planejar ofuturo, e interesse nas leis que regem o mundo; natureza refletida que o impele a hesitarexcessivamente antes de agir , dificultando sua adaptao ao mundo exterior. Na verdade a busca sempre da unio dos plos e ao mesmo tempo sua conservao, interligando o tempos:Passado, Presente e Futuro, pois um no existe sem o outro; fica sem consistncia.

    Cincia uma funo do intelecto e todas as demais funes psicolgicas esto a elesubordinadas como objetos. O intelecto soberano do reino cientfico, mas ficar preso aoconhecimento cientfico significa reduzir pouco a pouco a qualidade quantidade o concreto aoabstrato e esvaziar a realidade de todo contedo, de toda espontaneidade. A cincia intelecto uma ferramenta essencial para o objetivo da psicologia analtica, porm s pode ser til com tica.

    A verdadeira educao est vinculada a ativao da alma, a viver com arte, que exige oser completo, inteiro, toda sua qualidade humana. O pensamento, a mania de saber, tocaracterstica da nossa cultura, j est inscrita na figura mitolgica de dipo, pois para decifrar oenigma da esfinge necessrio ultrapassar a razo e seguir a fora do inconsciente e enfrentaros nossos temores eles, sair do pensamento lgico e partir para as metforas, smbolos,

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    imagens; como fazem as crianas, livres conseguem muitas vezes surpreender os adultos comsuas solues at lgicas mediante suas brincadeiras e descontrao. Para Jung a sabedoria stem validade a medida em que conseguimos aplic-la em toda sua plenitude.

    Convivemos com enigmas da Esfinge a todo momento, mas por alguma razo nosrecusamos a ir de encontro com o desconhecido, nos prendemos aos padres, esquecendo-nos deque somos ns o produtores do que nos rodeia, ou seja seres questionadores e interpretadores desmbolos

    II. A criao de algo novo no realizada pelo intelecto, mas pelo instinto ldico,agindo por necessidade intrnseca. A mente criativa joga com o objeto que ama.

    ...Mas o que pode o homem criar se por acaso no for poeta? Se voc no tiverabsolutamente nada para criar , ento talvez crie a si prprio. Carl Gustav Jung

    Jung valorizava a arte, o criativo, o ldico, as imagens, observava as fantasias como partesintegrantes de suas influncia no presente. A fantasia a grande chave mestra de nossa psique,que representa a fora vital de nosso organismo. por meio da fantasia que o ser consegueampliar os horizontes e se comunicar com o mundo de forma irrestrita, pois os smbolos do vidaas imagens, fazendo uma unio entre as realidades psquica e consciente.

    No perodo que estava com Freud, Jung comeou a desenvolver um estudo sobre gruposde contedos psquicos, que desvinculados da conscincia passavam para o inconscienteonde continuavam, em uma existncia relativamente autnoma tendo influncia sobre aconduta. Observando a similaridade entre os sonhos dos indivduos Jung descobriu que

    existia uma rea em nossa psique onde estariam estes elementos como: figuras, smbolose contedos de carter universal que denominou arqutipos.Os arqutipos derivam tambm da observao reiterada de que os mitos e os contos da

    literatura universal encerram temas bem definidos que reaparecem sempre e por toda a parte. Soformas sem contedo prprio que servem para canalizar o material psicolgico, formas universaisde pensar carregada de tons afetivos; apreenso intuitiva, imagem do instinto, o que permite aao e possibilita a vivncia de novas situaes, centros de energias psquica, encontrado, commuitas variantes no campo da mitologia e da religio comparada, e forma a base de numerosasrepresentaes coletivas. Podem estar ligados a: nascimento, morte, poder e submisso.

    Inconsciente Coletivo a matriz de todas as produes culturais, depsito deexperincias ancestrais acumuladas por milhes de anos, ecos de acontecimento desde osprimrdios dos tempos, enriquecido a cada sculo. como ar, que o mesmo em todo lugar, respirado por todos e no pertence a ningum. Na medida que atemporal nos faz renascer e o

    renascimento trs um sentimento de eternidade e imortalidade.Os arqutipos e os instintos constituem o inconsciente coletivo que ao contrrio doinconsciente pessoal no constitudo de contedos individuais, que no se repetem, mas decontedos que so universais e aparecem regularmente; constituem como que uma condio oubase da psique em si mesma, condio onipresente, idntica a si prpria em toda parte.

    Sincronicidade um termo criado por Jung, que exprime uma coincidncia significativa ouuma correspondncia; quando um acontecimento psquico e um acontecimento fsico no ligadospor uma relao causal. Tais fenmenos de sincronicidade aparecem quando fenmenosinteriores (sonhos, vises, premonies) parecem ter uma correspondncia na realidade exterior. Aimagem interior ou a premonio mostrou-se verdadeira, porm existem tambm idias anlogasou idnticas que ocorrem em lugares diferentes, sem a causalidade que possa explicar e outrasmanifestaes. Ambas parecem ter relaes com processos arquetpicos do inconsciente coletivo.

    ... O sonho uma porta estreita, dissimulada naquilo que alma tem de mais obscuro e

    ntimo; essa porta se abre para a noite csmica original, que continha a alma muito antes daconscincia do Eu e que a perpetuar muito alm daquilo que a conscincia individual poderatingir. ... Jung

    Atravs do sonho pode-se penetrar na parte mais profunda, mais verdadeira, onde ouniverso est unificado . a expresso mais espontnea da existncia do ser humano.

    Sombra personifica o que o indivduo recusa a conhecer ou a admitir, e que, no entantosempre se impe a ele, direta ou indiretamente. a soma de todos os elementos psquicospessoais e coletivos que, incompatveis com a forma de vida conscientemente escolhida, noforam vividas formando uma personalidade autnoma, com tendncia opostas s do consciente.

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    Jung fortaleceu nossa ambivalncia com o conceito - Anima/Animus Personificao danatureza feminina do inconsciente do homem (anima) e da natureza masculina do inconsciente damulher ( animus), o amor em relao ao sexo oposto para integrar os contedos da figura.Tambm possuem um aspecto positivo e negativo. O anima do homem procura unir e juntar,engendra sentimentos espontneos o animus na mulher procura diferenciar e reconhecer.

    No poderia deixar de falar na Mandala crculo mgico, na obra de Jung, smbolo docentro e do si-mesmo, enquanto totalidade psquica; auto-representao de um processo psquicode centralizao da personalidade, produo de um centro novo desta ltima. A mandala exprime-se, simbolicamente, por um crculo, um quadrado ou um quatrnico, num dispositivo simtrico donmero quatro e de seus mltiplos.

    Na ioga tntrica, a mandala um instrumento de contemplao (iantra), lugar denascimento dos deuses. O arqutipo em situao de perturbao constela como compensao,representa um esquema ordenador que vem, de algum modo colocar-se acima do caos psquico,como um crculo dividido em quatro partes iguais, ajudando cada contedo a encontrar seu lugar econtribuindo para manter a coeso. Existem inclusive danas folclricas, em que h umarepresentao da mandala: em que h uma roda que se movimenta em torno de um pontocentral, um afastamento em direo a quatro pontos, e um retorno ao centro, utilizadas tambmpara harmonizao, e equilbrio.

    Jung desvendou o ser humano, ou melhor, abordou de forma fascinante o ser humano emsua completa totalidade. Somos a busca do inconsciente e da realidade objetiva, do radical ao

    flexvel, do poder submisso, da dureza a fragilidade. Enfim o ser humano inteiro em constantemetamorfose de sua essncia.

    O criador ativo participante do movimento csmico do universo, compartilhando desejoscoletivos compatibilizados com seus desejos reais e concretos. O ser atuante que movimenta e lanado ao mundo, condutor de sua estrada em direo ao encontro de sua existncia e dosignificado.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICASFordham, Frieda Introduo Psicologia de Jung Editora Edusp - 1961Jung, C.G. Aion Estudos sobre o Simbolismo do Si-Mesmo - Editora Vozes 1982Jung, C.G. Psicologia do Inconsciente o Eu e o Inconsciente Editora Vozes - 1978Jung, C.G. Psicologia e Religo Editora Vozes - 1978Jung, C.G e colaboradores- O homem e seus smbolos - FronteiraGrinberg Luis Paulo Jung, o homem criativo - FTD

    Maroni, Amnris Jung : O poeta da Alma Editora summus SP , 1998Moura, Gilda Transformadores de conscincia Nova era

    SITESwww.roadnet.com.br/jung (considerado o mais abrangente em lngua portuguesa)www.gold.com.br/~sonhoswww.geocities.com/vienna/2809/jumghtmlwww.ecos.com.br/jung - associao Junguiana do Brasil.

    http://www.roadnet.com.br/junghttp://www.gold.com.br/~sonhoshttp://www.geocities.com/vienna/2809/jumghtmlhttp://www.ecos.com.br/junghttp://www.roadnet.com.br/junghttp://www.gold.com.br/~sonhoshttp://www.geocities.com/vienna/2809/jumghtmlhttp://www.ecos.com.br/jung
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    ARTIGOS PARA MELHOR COMPREENSO DO TEMATEMA CRCULO

    PsicologiaExplico abaixo o que irei pedir como observao em suas atividades do trabalho.

    Para tal fao correlao de smbolo importantes com crculos e odesenvolvimento do ser humano.Correlao esta com mandalas, sincronismo de Jung, assim como o smbolo dagua que essncia da vida. Alm do desenvolvimento da comunicao e dosconceitos de adaptabilidade e flexibilidade.

    As idas e vindas fazem parte do crescimento de cada ser humanoO crculo da vida bem representado pela cobra engolindo o prprio rabo exatamente todo processo de vida: Sonhar/planejar/concretizar/manter/contemplar que nos leva de volta as origenspara novos sonhos....O contemplar nos leva ao autoconhecimento. Jung deixa isto bem claro atravs deconstrues de nossas mandalas e sua contemplao

    A palavra mandala vem do snscrito e significa "crculo mgico". uma forma derepresentao das relaes entre o ser humano e o plano espiritual . Entre ospovos orientais, atribui-se s mandalas a caracterstica de representargraficamente o ritmo, movimento e harmonia que regem todo o Universo, anatureza e o prprio ser humano.So arqutipos, estes smbolos ancestrais que representam o universo e possuemum campo energtico de grande fora.O arqutipo em situao de perturbao constela como compensao, representaum esquema ordenador que vem, de algum modo colocar-se acima do caospsquico, como um crculo dividido em quatro partes iguais, ajudando cadacontedo a encontrar seu lugar contribuindo para manter a coesoMandalas so imagens circulares, com contedos de diversas formas e cores quepossibilitam uma viagem ao self nossa essncia. Nas mandalas esto expressasas relaes entre o Homem e o Cosmos, entre a busca de conquistas materiais ea energia espiritual que est por trs delas. So um caminho para se autoconhecer em sintonia com o universo.

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    Smbolo gua

    O movimento da gua perfeito faz toda sua trajetria retornando ao local deorigem por mais obstculos que possa enfrentar durante toda sua jornada. A gua considerada um smbolo sagrado de pureza e prosperidade. Esta purezaadquirida devido a esta capacidade em percorrer todo seu fluxo e retornar aoprincpio vitoriosa. Importante ressaltar que dois teros do planeta so cobertospor esse fluido do qual depende a evoluo de todos os organismos.A gua circula continuamente no planeta. Oceanos, rios e at lagos plcidos

    recebem calor e no escapam do processo de evaporao.A gua, condensada, vira nuvem e precipita-se de volta a terra em forma dechuva. Nesse ciclo de destilao natural, todas as impurezas so liberadas. Achuva purifica o ar e fertiliza a terra,Poderosa e rebelde por excelncia, escapa

    das nossas mos e pode mostrar sua fria em dilvios, enchentes e maremotos.Ainda, ela no se submete aos outros elementos naturais: Alm de apagar o fogo,na presena de calor transforma-se em vapor e a baixas temperaturas vira gelo. Oprprio fato de ser lquida e manter sua constituio molecular contraria as leis dafsica e da qumica, mas essa rebeldia teve um resultado feliz: A gua permitiu odesenvolvimento da nica forma de vida compatvel com as caractersticas doplaneta Terra .A gua d muito prazer, pois o contato com a gua meio em queo corpo no briga com a lei da gravidade, flutua, sem peso remete sensaoprotetora de estar de novo no tero materno, em perfeita harmonia. Estassociada s emoes, ao mundo inconsciente, a tudo que acontece nasprofundezas da alma

    Para Jung o que pode enlouquecer uma pessoa no a dor, mas sim a falta designificado. Pensamento, sensao, sentimento e intuio o que orienta a vidapara ele. O smbolo s vai ter significado quando tiver uma parte consciente euma inconsciente.III. ComunicaoPara desenvolvermos nossa comunicao passamos por 7 estgios o duplo(necessitamos de cuidados e dependemos de algum para falar por ns),

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    Solilquio ( aprendemos a pensar, so nossas falas sozinhos para organizar opensamento), Corredor (divimos nosso espao com apenas uma pessoa),Triangular (aprendemos que ouvir tambm estar se comunicando e dividimosespao com outras pessoas), Circular(aprendemos a ponderar a criar uma noaalternativa respeitando as idias dos demais) e a Empatia ( nos colocamos no

    lugar de outras pessoas como se fossemos a prpria , aprendemos aqui aentender os motivos alheios por mais diferentes que sejam dos nossos). Cadaestgio deste retornamos em algum momento de nossa vida , como por exemplo,estamos em duplo quando nossa memria nos falha, em duplo em principio deuma idia que apenas uma pessoa seria interessante amadurecer tal projeto.Quando casados entra uma criana a fase triangular e esperarmos nossa vez.Para realizarmos algum trabalho em equipe (circularizao) e por fim em umacampanha publicitria de um novo produto onde nos colocamos no lugar do outropara entender o que buscam ou o que o atrairiam (empatia).O feedback o retorno da informao a habilidade para o dilogo, so poucosos que conseguem bons resultados. Por isso mesmo, o honroso feedback pode setransformar em agresses emocionais: crticas destrutivas, ataques pessoais,sarcasmos... Resultado: reaes defensivas, fuga responsabilidade e a mgoade ter sido tratado com injustia. Esses fatores so devastadores para amotivao, a energia e a segurana na execuo do trabalho. Quando a crticaatinge o pessoal, as pessoas acreditam que o fracasso se deve a algumadeficincia delas mesmas, se desiludem e desistem.O verdade feedback objetivo e especfico. concentrar-se nos detalhes,dizendo o que a pessoa fez bem e o que fez mal, oferecendo-lhe oportunidadepara mudar, sem rodeios, nem evasivas.Como todo feedback til, deve ser acompanhado de uma sugesto para resolver oproblema.O crculo est presente em todos os momentos quando nascemos formamos

    nossa matriz de identidade primeiro somos um caos progredindo conseguimossaber que somos algum livre com identidade prpria, Na adolescnciarecomeamos revemos os conceitos aprendidos, buscamos nosso prpriocaminho e sonhos e na fase da terceira idade revemos tudo de novo nossa vidasentimental sexual nosso novo corpo.Nossa competncia de lidar com a vida est intimamente ligada ao insight emsaber diferenciar a linha tnue do contemplar para a hora exata do recomear...So nossas competncias pessoais que determinam a forma como nos gerimosnossas vidas, assim como competncias sociais so determinadas pela formacomo nos relacionamos.Estas competncias nos levam a autoconscincia (conhecer os estados interiores,preferncias, impulsos e recursos, conscincia emocional, auto-estima eautoconfiana)Saber gerir os estados interiores, impulsos e recursos (autocontrole, capacidadede transmitir confiana, ser fiel a princpios, adaptabilidade e inovao) compenossa Auto- regulao que facilitam nosso m convvio entre realidade e sonho"Qualquer um pode zangar-se. Isso fcil. Mas zangar-se com a pessoa certa, namedida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa no fcil.

    Aristteles

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    "Se a criana tem uma relao muito firme com os pais, se sente mais amparada,ento ela sempre ver mais possibilidades. A criana que tem medo, insegura, nosoltar a mo da me para vivenciar outras experincias", afirma.Para Jung plasticidade e versatilidade estavam ligadas a vida. As metamorfosesque ocorrem em sua essncia que fazem o ser humano imortal.

    A Versatilidade a capacidade em se adpatar( persistncia, viso, ateno,competncia e auto-correo)PERSISTNCIA significa saber como vencer os revezes, as barreiras e osrecursos limitados. Tem a ver com a sua fora emocional. Lembra-se do filme OsCaadores da Arca Perdida? O roteiro de Larry Kasdan, de imenso sucesso, foirecusado dzias de vezes antes de algum finalmente ter compartilhado de suaviso. Quantas reunies que terminaram com um "No, obrigado," voc continuouinsistindo para modificar este resultado? Se voc insiste at que tenha sucesso,isto chamado de persistncia.A VISO poder de imaginar, de ser criativo, de sugerir alternativas, ser maisinfluente do que algum que no pode.

    ATENO. Isto significa estar atento ao que acontece no ambiente. Pode ser tosimples quanto notar quando algum est ficando entediado, ou sentindo queagora no o momento certo para apresentar as suas idias. saber quando agire quando no agir. Significa prestar ateno a outras coisas que no as suasprprias necessidades. COMPETNCIA. Comea com a experincia. E tambmenvolve a habilidade de resolver problemas que vo alm da sua especialidade.Se voc no souber a resposta a uma pergunta, ou como solucionar um problema,voc pode encontrar algum que o faa. Isto significa ter uma atitude do posso-fazer e acompanhar at o final.AUTO-CORREO. Isto significa que uma vez iniciado um projeto, voc pedeinformaes, e d uma alta prioridade soluo dos problemas, e no em estar

    certo. Significa que voc capaz de ver quando desenvolveu um padro noprodutivo no seu comportamento. ser capaz de dizer: "Penso que esta tcnicano est funcionando. Gostaria de tentar algo diferente."Desenvolver a sua adaptabilidade permite entender como os diferentes tipos depessoas gostariam de ser tratados. No significa ajustar o seu comportamentopara ficar mais alinhado com as preferncias das outras pessoas. A pessoaefetivamente adaptada atende s necessidades das outras pessoas e s suasprprias necessidades. Ela sabe como negociar relacionamentos de um modo quepermita que todos ganhem. Com a adaptabilidade voc est praticando o espritoda Regra de Ouro, que eu chamo de A Regra de Platina, e poder tratar outrapessoa como ela gosta de ser tratada.

    A flexibilidade o seu desejo de se adaptar. a sua atitude.( Confiana,tolerncia, empatia, positivismo, e respeito pelos outros ).CONFIANA, significa que voc acredita em si prprio, voc confia em seu

    julgamento e habilidades. TOLERNCIA. Isto significa que voc est aberto paraaceitar opinies e costumes que so diferentes dos seus. Podemos facilmente noslembrar de pessoas que so intolerantes com outras devido a crenas religiosasou polticas. Estas pessoas intolerantes podem atrair pessoas como elas, maselas no obtm a ateno de pessoas normais. EMPATIA. A raiz da palavra

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    empatia pathos, que significa "sentimento" em grego. A empatia umaexpresso para sentimento profundo. Ela significa "Eu sinto o que voc sente.Posso colocar-me no seu lugar." Uma outra palavra com a mesma raiz, simpatia,significa meramente o reconhecimento dos sentimentos de uma outra pessoa. Elaresulta em gentileza e piedade, e vem da cabea. A empatia resulta em sentir a

    dor, ou a alegria da outra pessoa. Ela vem do corao. POSITIVISMO. O livro dofalecido Dr. Norman Vincent Peale, O Poder do Pensamento Positivo, vem sendovendido h mais de quarenta anos porque contm esta verdade universal. Umaatitude positiva leva a eventos positivos na sua vida. RESPEITO PELOSOUTROS. Este o desejo sincero de entender e levar em considerao asdecises, compromissos e necessidades das outras pessoas em relao s suas.Pessoas adaptveis so flexveis e versteisPara confeccionar o trabalho devero observar estas capacidades em cada serhumano estarei explicando hoje na classe os contedos que devem serobservados assim como estarei disponibilizando os 20ao trmino da aula paraesclarecimentos especficos dos trabalhos.

    A pontuao para este trabalho em psicologia ser 5.0, pois eu j solicitei umtrabalho para fazer e apresentar em classe para os bimestres este trabalhocompor nota com a prova que valer 5.0 para complementar os pontos

    A. REFERNCIAS BIBLIOGRFICASFordham, Frieda Introduo Psicologia de Jung Editora Edusp - 1961Jung, C.G. Aion Estudos sobre o Simbolismo do Si-Mesmo - Editora Vozes 1982Jung, C.G. Psicologia do Inconsciente o Eu e o Inconsciente Editora Vozes -1978Jung, C.G. Psicologia e Religo Editora Vozes - 1978Maroni, Amnris Jung : O poeta da Alma Editora summus SP , 1998Dr. Michael OConnor, co-autor deA Regra de Platina (Warner Book

    RELAODA PSICOLOGIA ANALTICACOMA OBRADE ARTE POTICA

    (Comentrio de parte da palestra proferida por C.G. Jung na Sociedade de Lngua e LiteraturaAlems em Zurique tema pertencente ao captulo extrado do livro de C. G. Jung O Esprito naArte e na Cincia, ed. Vozes).

    Para fazer justia a obra de Arte, a psicologia analtica dever despojar-se totalmente dopreconceito mdico, pois obra de arte no uma doena e requer, pois, orientao totalmentediversa da mdica. O mdico tem que pesquisar as causas de uma doena para extirpar, se

    possvel, o mal pela raiz; o psiclogo, porm, deve adotar uma posio oposta em relao a obrade arte.

    Jung, aqui, faz uma crtica a psicanlise em relao a sua postura dogmtica na anlise eminterpretar os fenmenos psquicos em funo duma causalidade. Jung critica Freud por tudo neleestar voltado para o passado, numa perspectiva negativa, sem se ater para onde caminha ascoisas. Esta postura pode ser eficaz nos casos de patologia psquica, mas se torna falha noscasos da manifestao artstica [como tambm na anlise de casos de normalidade e at mesmoem alguns focos neurticos], onde cabe mais uma anlise de cunho prospectivo, em funo deuma finalidade ou necessidade seria uma compreenso do fluxo ou tendncia da necessidade decanalizao da energia psquica em detrimento duma realizao pessoal inconsciente.

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    Com o poeta aparentemente consciente e em pleno gozo de sua liberdade que produz por simesmo e cria o que quer, pode acontecer o seguinte: que este poeta, apesar de consciente, estejaabsorvido de tal modo pelo impulso criativo, que j nem possa lembrar-se de outra vontade; assimcomo o outro tipo que no consegue sentir diretamente sua prpria vontade na inspirao que seapresenta como alheia, embora o si-mesmo fale claramente por ele. Assim sendo, a convico do

    poeta de estar criando com liberdade absoluta seria uma iluso de seu consciente: ele acreditaestar nadando, mas na realidade est sendo levado por uma corrente invisvel.

    Como vimos, so vrios os processos utilizados pelos artistas, que atravs da arte, conseguemimitar a vida, ou at podemos dizer, recriar a vida com um especial significado. Infelizmente acapacidade artstica no comum a todos indivduos, se fosse, com certeza o mundo seria maishumano e as patologias seriam mais amenizadas. Ento, na incapacidade duma realizaopessoal, ou pelo ao menos duma realizao artstica capaz de purg-lo de seu mal; nessaincapacidade ao invs de tentar, atravs da arte, captar um significado simblico pessoal e assimreproduzir a vida numa nova conotao pessoal, de maneira erronia compem a vida imitando aarte [vivem um smbolo ao nvel do concreto, vazio de significado subjetivo]. Quando pegam comoinspirao filmes de violncia, deparamos com drsticas conseqncias.

    ARTE E PATOLOGIAO que faz com que alguns artistas abdicarem de necessidades primordiais, de suportarem variadas

    privaes sem incomodar com o bem estar pessoal ou familiar, de menosprezarem a sadeprecria simplesmente para dedicarem seus impulsos criativos.

    Esse impulso criador que toma o autor como uma entidade possessiva que tira a autonomia do Eu

    em detrimento de sua pulso criativa, Jung fazia analogia desse comportamento com a rvore no

    solo do qual extrai seu alimento, desta mesma forma o impulso criativo vive e cresce dentro do

    homem como uma rvore no solo do qual extrai seu alimento. Na psicologia junguiana esse

    comportamento denominado complexo autnomo. Jung ainda diz que o complexo autnomo se

    constitui como parte separada da alma e retirada da hierarquia do consciente, leva vida psquica

    independente e, de acordo com seu valor energtico e sua fora, aparece, aqui como simplesdistrbio de arbitrrios processos do consciente, ou como instncia superior que pode tomar a seu

    servio o prprio Eu. Portanto, o poeta que se identifica com o processo criativo aquele que diz

    sim, logo que ameaado por um imperativo inconsciente. Mas aquele que se defronta com a

    criatividade como fora quase estranha no pode, por algum motivo, dizer sim e pego de

    surpresa pelo imperativo ... [o complexo autnomo] no pode ser submetido ao controle

    consciente, nem inibio e nem a uma reproduo arbitraria. nisto precisamente que o

    complexo se manifesta como autnomo, aparecendo ou desaparecendo de acordo com a

    tendncia que lhe inerente

    Os complexos autnomos so as expresses das patologias psquicas, mas nem todos complexos

    autnomos se caracterizam pelo sofrimento, mesmo as pessoas normais esto sujeitas falta de

    autonomia frente sua manifestao; o prprio instinto, em determinado momento, se manifesta de

    forma autnoma independente dos preceitos e vontades da pessoa.De modo geral, na patologia

    psquica a propulso criativa no efetivada devido a estagnao dessa energia estar centrada no

    foco dos sentimentos da esfera problemtica. Na pessoa normal, esta energia no d conta de se

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    efetivar atravs duma obra, o mximo que consegue um vislumbramento a nvel abstrato, mas

    que no consegue se concretizar. No artista que pode ter uma constituio normal, ou mesmo

    patolgica ele consegue que seu incmodo subjetivo se manifeste numa forma esttica atravs

    da obra. Para resumir, podemos dizer que no artista o complexo autnomo manifesta sua energia,

    que provoca incmodo, atravs da obra esttica; enquanto no doente psquico seu incmodo se

    manifesta atravs do sintoma.

    Assim, a obra artstica caracteriza pelo significado simblico de sua representao com efeito

    catrtico, expiatrio. Enquanto os sintomas so estados mentais perturbados, que somos

    incapazes de controlar e que essencialmente, no tem sentido - isto , no contm valor ou

    significao. Os sintomas so intolerveis precisamente porque no tem sentido. Nossos prazeres,

    assim como nossas dores sero sintomas quando no tiverem importncia simblica.

    [Apresentao fundamentada na obra O Esprito na Arte e na Cincia de C.G.

    Jung - ed. Vozes.]

    ONIRODRAMAJos Roberto Wolff

    Considero, estas quatro Categorias - devaneio, dramatizao, sonho e delrio - como pertencentesa um mesmo processo, diferindo apenas quanto ao grau de comprometimento da conscincia doEu e do vnculo com a realidade externa. Assim, entre o fantasiar e o viver integralmente a loucuraesto a dramatizao e o sonho. Este, ao fazer a ponte necessria entre o mundo interior e oexterior, traz, muitas vezes , indicaes importantes ao sonhador. A dramatizao constitui uminstrumento de capital importncia para o trabalho tanto do devaneio quanto do sonho e do delrio,

    pois os quatro utilizam a mesma linguagem das imagens e tem origem comum. Mesmo o devaneiopode ser utilizado no psicodrama, pois podemos dirigi-lo qual fosse urna dramatizao em cenaaberta. Nesse tipo de trabalho, a dramatizao ocorre com as imagens internas e chamado depsicodrama interno No trabalho psicoterpico com psicticos, observei que estes tinham grandedificuldade em tratar seus contedos conflituoso , especialmente pelo temor de, mais uma vez,entrarem num 'surto psictico', ou seja, perderem novamente os vnculos com a realidade objetiva.

    Assim notei que, nesses casos, um caminho mais vivel para abordar os contedos inconscientesera o sonho. Surgiu, em seguida, a questo de como poderia o sonho ser trabalhado, e foi entoque tomei contato com o onirodrama de Moreno. Passei a utiliza-lo com certa freqncia, e obtiveresultados extremamente animadores, pois atravs dele conseguia atingir mais facilmente osconflitos internos e, as vezes, ate' os contedos de urna vivncia psictica delirante.Posteriormente estendi a aplicao do onirodrama a outros casos de psicoterapia com pessoasno - psicticas, obtendo tambm timos resultados.

    Escolhi para exemplificar a aplicao do onirodrama casos de minha experincia clinica, comdiferentes diagnsticos (abrangendo, inclusive, casos de psicose), nos quais pude utilizar tcnicasdiversas, ou seja: psicodrama individual, com ou sem ego-auxiliar, e psicodrama de grupo emprocesso ou mesmo como ato teraputico.

    Aps esses esclarecimentos, passo ao exemplo selecionado para a demonstrao do trabalho como onirodrama.

    Exemplo: VeraVera teve dois surtos psicticos e

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    fez um ano e meio de psicoterapia psicodramatica individual bipessoal. Na ocasio da sesso quedescrevo, estava em psicoterapia psicodramatica individual com um ego-auxiliar h seis meses.

    Nesse dia, logo ao chegar, Vera comea imediatamente a contar um sonho da noite anterior quemuito a impressionara. Proponho a dramatizao do sonho, pedindo inicialmente que aprotagonista refaa o seu dia atravs de solilquio. Vera fala de seu dia de maneira automtica,chegando rapidamente ao momento em que vai dormir. Peo que monte o seu quarto, a sua cama,e aqui tambm sua produo baixa, limitando-se a colocar os elementos de quarto, sem muitosdetalhes e sem outras informaes. Peo ento que se deite, me avisando logo que comece alembrar claramente das imagens do sonho. Quando me avisa, proponho que entremos no " mundodos seus sonhos " , pedindo-lhe que coloque em cena todos os elementos. o sonho se passa numlocal escuro e o foco um homem de costas, que ela julga ser seu pai. Ela quer se aproximardaquele homem, andando na direo dele mas, quando tenta faze-lo , ele se volta bruscamente e,ao invs do rosto do pai, ela v o rosto do diabo. Vera fica muito assustada e at desesperada;comea a dizer que ela Deus e todos os homens so diabos, principalmente seu pai, e que elapossua poderes contra todos eles. Aqui ela esta revivendo um aspecto do seu ltimo surtopsictico, no qual ela sentia exatamente isso. Aos poucos vai se tranqilizando, ento peo queassuma o papel do pai. Neste papel conta que, desde quando Vera tinha treze anos de idade,mantinha relaes Sexuais com ela; diz ainda que muitas vezes ela era obrigada a faze-lo, emborano quisesse, pois quando ela nasceu a me morreu e Vera se sentia na obrigao de substitu-la.

    Peo a Vera que volte a seu papel e proponho que traga sua me. No papel da me explica queno morreu por culpa da filha, pois sofria do corao, e ao mesmo tempo isenta. Vera de qualquercompromisso em relao ao pai. Coloco o ego-auxiliar no papel da me e Vera volta ao seu ; acena de grande emoo, terminando ela e a me de mos dadas.

    A seguir, proponho que Vera volte cena inicial do sonho. Ela pode agora aproximar-se do pai ,vendo este como ele realmente , no mais com "cara de diabo" e diz ao pai, com grandetranqilidade, olhando-o de frente: " De agora em diante s manterei relaes sexuais com vocquando eu quiser..."

    Trecho do livro Sonho e Loucura "(Editora tica) de JosRoberto Wolff

    JOS ROBERTO WOLFFSIQUIATRA PSICODRAMATISTA

    Colorir mandalas ajuda a superar problemas

    Quinze minutos dirios de trabalho com elas ajuda pessoas a sair da depresso, enfrentar medos, realizar sonhosou equilibrar-se emocionalmente

    Mandalas so figuras em forma de crculo. Elas podem conter tambm tringulos, quadrados,linhas ou outros elementos arranjados de tal forma que a viso sempre converge para o centro, simbolizando oconceito de que Deus a origem de tudo. Seu desenho forma um campo energtico que atua em ns, produzindodiversos efeitos.

    "Se voc ficar olhando para uma delas, sua energia ser modificada mesmo que no deseje conscientemente queisso acontea", explica a escritora e terapeuta holstica Celina Fioravante, que superou uma fase de depresso

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    trabalhando com mandalas. Sofrendo a perda do pai, h alguns anos, ela estava to sem energia que no tinhainiciativa para rezar nem para procurar ajuda.

    O que a tirou da crise foi o trabalho com as figuras. Todos os dias, ainda de pijama, a primeira coisa que fazia eracolorir mandalas por meia hora. "Aos poucos, comecei a melhorar e fiz com elas um bloco que pendurei na parededo corredor de casa". Mais tarde, a coleo de desenhos inspirou a publicao do livro Mandalas (editora Ground),em que Celina compartilha seu aprendizado no assunto.

    Da experincia da escritora resultou tambm o mtodo que ela ensina: pintar, todo dia de manh, a mandalaescolhida de acordo com o objetivo desejado. Pode-se usar, para isso, qualquer material de colorir: lpis de cera,caneta hidrogrfica, guache. As cores tm energia e potencializam o efeito da mandala. De acordo com Celina, no preciso conhecer o poder das cores para obter resultados com esse trabalho: ao usar os tons que mais lhe atraem,a pessoa j est escolhendo a energia de que precisa.

    Outra maneira de usufruir do poder da mandala coloc-la num lugar visvel num quadro, na capa de um caderno,na tampa de uma caixa sobre a mesa de trabalho. "Mandalas no so feitas para ficar guardadas em gavetas", dizCelina. Pode-se olhar fixamente para a figura por alguns minutos todo dia, como numa meditao, mentalizando oobjetivo que se quiser. Ou, ainda, colocar uma vela acesa bem no meio da mandala.

    Muitas vezes, a dinmica com as mandalas a melhor terapia para pessoas que, de to abaladas mental ouemocionalmente, no conseguem se concentrar em outros tratamentos. "Elas tiram a gente daquela roda-viva depreocupaes e problemas, reorganizam nossas energias e abrem espao para o encontro de solues", diz aterapeuta Jacira Maria Oliveira Peich.

    Como trabalhar com as mandalas1. Escolha a que mais se aplica aos seus objetivos e faa algumas fotocpias dela (de preferncia, ampliadas).2. Escolha um horrio e um local tranqilos, em que voc no seja incomodado.3. Pinte uma mandala por vez, do comeo ao fim, a cada dia. Depois de coloridas, elas podem ser presenteadas,usadas para decorar ambientes ou guardadas numa pasta.

    Equilbrio: os dois tringulos no centro da figura trazem harmonia e centramento para quem se sentesem rumo na vida.

    Longevidade: prolongar a vida e fortalecer a sade o objetivo dos hindus quando trabalham comesta figura.

    Realizaes: os hindus utilizam esta mandala para realizar seus desejos. Ao trabalhar com ela, diga as palavraskrishna dharana yantra

    http://www.uol.com.br/altoastral/canal_artigos/http://www.uol.com.br/altoastral/canal_artigos/
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    Proteo: na ndia, esta mandala utilizada para fortalecer a pessoa que precisa enfrentar adversidades e inimigos.Ela tambm ajuda a mudar os aspectos negativos do destino.

    Boa sorte: esta a mandala indiana que tira o medo, auxilia a cura de doenas, atrai fama e fortuna

    Concretizao de projetos: com a representao das fases da Lua, a figura pode ser utilizada para auxiliar arealizao de objetivos. Inicie o trabalho com ela num dia de entrada da Lua Nova.

    Por Regina Giannetti

    Mandalas so figuras em forma de crculo. Elas podem conter tambm tringulos, quadrados, linhas ou outroselementos arranjados de tal forma que a viso sempre converge para o centro, simbolizando o conceito de que Deus a origem de tudo. Seu desenho forma um campo energtico que atua em ns, produzindo diversos efeitos.

    "Se voc ficar olhando para uma delas, sua energia ser modificada mesmo que no deseje conscientemente queisso acontea", explica a escritora e terapeuta holstica Celina Fioravante, que superou uma fase de depressotrabalhando com mandalas. Sofrendo a perda do pai, h alguns anos, ela estava to sem energia que no tinhainiciativa para rezar nem para procurar ajuda.

    O que a tirou da crise foi o trabalho com as figuras. Todos os dias, ainda de pijama, a primeira coisa que fazia eracolorir mandalas por meia hora. "Aos poucos, comecei a melhorar e fiz com elas um bloco que pendurei na parededo corredor de casa". Mais tarde, a coleo de desenhos inspirou a publicao do livro Mandalas (editora Ground),em que Celina compartilha seu aprendizado no assunto.

    http://www.uol.com.br/altoastral/canal_artigos/http://www.uol.com.br/altoastral/canal_artigos/http://www.uol.com.br/altoastral/canal_artigos/http://www.uol.com.br/altoastral/canal_artigos/
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    Da experincia da escritora resultou tambm o mtodo que ela ensina: pintar, todo dia de manh, a mandalaescolhida de acordo com o objetivo desejado. Pode-se usar, para isso, qualquer material de colorir: lpis de cera,caneta hidrogrfica, guache. As cores tm energia e potencializam o efeito da mandala. De acordo com Celina, no preciso conhecer o poder das cores para obter resultados com esse trabalho: ao usar os tons que mais lhe atraem,a pessoa j est escolhendo a energia de que precisa.

    Outra maneira de usufruir do poder da mandala coloc-la num lugar visvel num quadro, na capa de um caderno,

    na tampa de uma caixa sobre a mesa de trabalho. "Mandalas no so feitas para ficar guardadas em gavetas", dizCelina. Pode-se olhar fixamente para a figura por alguns minutos todo dia, como numa meditao, mentalizando oobjetivo que se quiser. Ou, ainda, colocar uma vela acesa bem no meio da mandala.

    Muitas vezes, a dinmica com as mandalas a melhor terapia para pessoas que, de to abaladas mental ouemocionalmente, no conseguem se concentrar em outros tratamentos. "Elas tiram a gente daquela roda-viva depreocupaes e problemas, reorganizam nossas energias e abrem espao para o encontro de solues", diz aterapeuta Jacira Maria Oliveira Peich.

    Como trabalhar com as mandalas1. Escolha a que mais se aplica aos seus objetivos e faa algumas fotocpias dela (de preferncia, ampliadas).2. Escolha um horrio e um local tranqilos, em que voc no seja incomodado.3. Pinte uma mandala por vez, do comeo ao fim, a cada dia. Depois de coloridas, elas podem ser presenteadas,usadas para decorar ambientes ou guardadas numa pasta.Equilbrio: os dois tringulos no centro da figura trazem harmonia e centramento para quem se sente sem rumo na

    vida

    Longevidade: prolongar a vida e fortalecer a sade o objetivo dos hindus quando trabalham com esta figura.Realizaes: os hindus utilizam esta mandala para realizar seus desejos. Ao trabalhar com ela, diga as palavraskrishna dharana yantra.

    Boa sorte: esta a mandala indiana que tira o medo, auxilia a cura de doenas, atrai fama e fortuna.

    O local do nascimento: A Gruta

    Mrcia Andrade *

    A gruta ou o corao, so ambos smbolos do centro, centro de um ser (centro vital, rgo vital),onde reside no s o humano e mortal, mas tambm o divino e imortal, ou analogicamente, centrodo mundo, local interior e oculto onde reside o segredo inicitico, onde se realiza a iniciao, oculto

    ou coberto, inacessvel aos profanos.

    Grutas e cavernas desempenhavam um papel religioso em todas as religies primitivas: a descidaa uma caverna, gruta ou labirinto simbolizava a morte ritual, do tipo inicitico. Nestes rituais, oindivduo passava por uma srie de experincias que o levavam ao comeo do mundo, s origensdo ser. Esta catarse a materializao do regresso ao tero materno, donde se emerge de talmaneira transformado, que se troca at mesmo de nome, o iniciado torna-se outro.

    Na tradio inicitica grega, a gruta o mundo. Este mundo, como o concebia Plato, uma cavernasubterrnea onde o ser humano est preso pelas pernas e pelo pescoo, sem possibilidade atmesmo de olhar para trs. A luz indireta que a penetra (no pode ser vista de frente, assim comoestamos) vem do sol invisvel que indica o caminho que a psique deve seguir para reencontrar obem e a verdade. Todos os espectros que l se movem representam este mundo, esta caverna de

    aparncias de que a alma dever se libertar, para poder recontemplar o mundo das idias, seumundo de origem. A caminhada para a verdade s h de ser possvel quando a alma quebrar osgrilhes e libertar-se da gruta profunda.

    O caminho para a liberdade passa pelo enfrentamento de nosso inferno pessoal, local sem luz, eque por isso nos leva s aes inconscientes. Isto significa passar pela "morte", vencer o apego eo ego, enfrentar Crbero, co guardio dos infernos, que simboliza o inferno interior de cada um. Omonstruoso guardio do Hades s pode ser vencido por uma mudana de nvel e pelas foraspessoais de natureza espiritual. Nesta tarefa, cada um s pode contar consigo mesmo. Hrculesvenceu-o pela fora dos prprios braos, Orfeu, "por uma ao espiritual", com os sons irresistveis

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    de sua lira mgica. As trs cabeas de Crbero representam o medo, a dvida e o apego. Entre osmundos dos vivos e dos mortos preciso atravessar o estinge, as dificuldades da vida.

    "A descida nossa terra portanto uma descida gruta, donde devemos sairtransformados, enfrentando maia, o mundo das iluses, ou os espectros da caverna,Crbero, o nascimento do Cristo a luz ou o Sol que pode iluminar nossa caminhada."

    A caverna est situada sob a montanha ou em seu interior. A montanha o local do segundonascimento de cristo, ou de sua ressurreio, no mais como homem, mas divino, smbolo daverdade trazida luz e oferecida a toda a humanidade.

    A unio da montanha com a caverna, a luz ou o divino em potncia, com a luz ou o divinorealizado, nos leva a estrela de Belm, que guiou os Reis Magos ao local de nascimento de Cristo,e que, assim como a eles pode tambm nos guiar em direo luz

    MITO DE DEMTER E COREA TERRA ME E A FILHA GRO

    PorStela Brito

    Conta a Mitologia que quando Pluto raptou Core, a filha muito amada de Demter, a terra sofreumuitas conseqncias.

    que Demter - deusa e me da terra cultivada - cheia de dore revolta com a ausncia da filha, retirou-se de suas funes,provocando na terra uma seca devastadora.

    Foi assim que a histria se deu: distraia-se a deusa Core esuas amigas ninfas, no meio de um campo florido, quando foivista e de imediato amada por Pluto, que acabara de seratingido por uma seta de Eros.

    Ora, Eros apenas atendeu a um pedido da me Afrodite,

    desejosa de alargar seu imprio de Amor at o Hades.

    Demter recusou a Pluto permisso para casar com sua filha,mas o pretendente no desistiu e pediu ajuda ao senhor doOlimpo. Zeus o aconselhou a aguardar uma ocasio propcia ePluto suspendeu o assdio, enquanto arquitetava um plano.

    E a oportunidade logo se apresentou, quando Core e suasamigas passeavam em um bosque de eterna primavera eguas cristalinas.

    A filha de Demter colhia lrios e violetas quando, extasiada,percebeu um magnfico narciso beira de um lago. Debruou-se para apanh-lo, mas eis que de

    uma larga fenda aberta na terra surge, do abismo escuro, um carro de ouro conduzido por Pluto.

    A moa arrebatada pelo senhor dos Hades, que a transporta para as profundezas do seu reino.Core grita pedindo socorro, na esperana de ser salva por Demter ou talvez por seu poderoso paiZeus. Mas a carruagem j mergulha no seio da terra e ganha o mundo das sombras. Core aindagrita. Demter escuta e corre para o local de onde veio o som, mas apenas v a terra fechar-sesobre o rastro da filha.

    Agora a deusa Core pertence ao sombrio Trtaro e nem seu nome pode conservar. Passa achamar-se Persfone.

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    Demter, desesperada, vaga dias e noites procura da filha. Sobe ao Olimpo, interroga, ningumsabe. Procura o sol, que tudo v, e pede-lhe que revele quem raptou a sua filha.

    Pluto a arrebatou para o seu mundo, com o concentimento de Zeus, respondeu-lhe o Sol. Irritadacom os irmos, Demter abandonou o monte sagrado e suas funes divinas. Resolveupermanecer na terra at que lhe devolvessem a filha. Disfarada de velha, dirigiu-se aos Elusis,onde convidada pela rainha Metanira a cuidar do seu filho Demofonte.

    A deusa deseja tornar o menino imortal e passa a realizar, diariamente, o ritual inicitico. Uma noiteMetanira surpreende a deusa no ritual. Vendo o filho entre as chamas do fogo, grita desesperada.

    Demter interrompe o rito inicitico e surge em todo o seu esplendor de deusa. Solicita, ento, quelhe ergam um grande templo, onde ela, pessoalmente, ensinaria seus ritos aos seres humanos.

    Depois, recolheu-se no interior do Santurio, consumida pela saudade da filha Persfone. Tal era asua dor e revolta, que recusou-se a continuar protegendo as plantaes e colheitas. A terra estavaestril e as plantaes morriam. A fome se alastrava.

    Vendo que a ordem do mundo estava ameaada, Zeus manda mensageiros a Demter, pedindo-

    lhe que retorne ao Olimpo. Ela impe a condio de devolverem-lhe a filha, para s ento voltar aoconvvio dos deuses e restabelecer a vida da vegetao.

    Zeus pede a Pluto que devolva Persfone. Pluto consente, mas antes de faz-lo, o senhor doHades, habilmente, induziu a esposa a comer uma semente de rom, o que a impedia de deixar a"outra vida". Ela no conhecia a regra: quem comesse qualquer coisa no Trtaro, devia sempreretornar.

    Chegou-se, assim, a um consenso: Persfone deveria passar com o esposo quatro meses do anoe as duas outras partes ficaria com a me e no convvio dos deuses.

    Feliz com o retorno da filha, Demter dirigia-se para o Olimpo em sua companhia. A seus passos,os campos ressecados umedecem e fertilizam-se. As folres voltam a desabrochar, toda a natureza

    fica em festa.

    Antes de voltar ao Olimpo, porm, a augusta deusa ensinou todos os seus rituais ao rei Cleo e aseu filho Triptlemo. Estavam instrudos nos Mistrios dos Elusis.

    No Santurio dos Elusis, a deusa proclamada a "maior fonte de riqueza e alegria".Recuperando, por dois teros do ano, a companhia de Persfone, a deusa devolveu o gro davida, que em sua dolorosa ira havia escondido.

    Demter, assim, a Terra-me, a matriz universal, a me do gro e sua filha, Core, o gro mesmodo trigo, alimento e semente que, escondida por certo tempo no seio da terra, dela novamentebrota em novos rebentos.

    Por Stela Brito - astrloga e contadora de histrias.Observaao da Oleni : foi assim que surgiram as 4 estaoes do ano: primavera verao: a maenatureza esta feliz, pois esta na cia da filhaOutono inverno: a mae natureza chora de saudade da usencia da filha que fica com o esposo

    O local do nascimento: A Gruta

    Mrcia Andrade *

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    A gruta ou o corao, so ambos smbolos do centro, centro de um ser (centro vital, rgo vital),onde reside no s o humano e mortal, mas tambm o divino e imortal, ou analogicamente, centrodo mundo, local interior e oculto onde reside o segredo inicitico, onde se realiza a iniciao, ocultoou coberto, inacessvel aos profanos.

    Grutas e cavernas desempenhavam um papel religioso em todas as religies primitivas: a descidaa uma caverna, gruta ou labirinto simbolizava a morte ritual, do tipo inicitico. Nestes rituais, oindivduo passava por uma srie de experincias que o levavam ao comeo do mundo, s origensdo ser. Esta catarse a materializao do regresso ao tero materno, donde se emerge de talmaneira transformado, que se troca at mesmo de nome, o iniciado torna-se outro.

    Na tradio inicitica grega, a gruta o mundo. Este mundo, como o concebia Plato, uma cavernasubterrnea onde o ser humano est preso pelas pernas e pelo pescoo, sem possibilidade atmesmo de olhar para trs. A luz indireta que a penetra (no pode ser vista de frente, assim comoestamos) vem do sol invisvel que indica o caminho que a psique deve seguir para reencontrar obem e a verdade. Todos os espectros que l se movem representam este mundo, esta caverna deaparncias de que a alma dever se libertar, para poder recontemplar o mundo das idias, seumundo de origem. A caminhada para a verdade s h de ser possvel quando a alma quebrar osgrilhes e libertar-se da gruta profunda.

    O caminho para a liberdade passa pelo enfrentamento de nosso inferno pessoal, local sem luz, eque por isso nos leva s aes inconscientes. Isto significa passar pela "morte", vencer o apego eo ego, enfrentar Crbero, co guardio dos infernos, que simboliza o inferno interior de cada um. Omonstruoso guardio do Hades s pode ser vencido por uma mudana de nvel e pelas foraspessoais de natureza espiritual. Nesta tarefa, cada um s pode contar consigo mesmo. Hrculesvenceu-o pela fora dos prprios braos, Orfeu, "por uma ao espiritual", com os sons irresistveisde sua lira mgica. As trs cabeas de Crbero representam o medo, a dvida e o apego. Entre osmundos dos vivos e dos mortos preciso atravessar o estinge, as dificuldades da vida.

    "A descida nossa terra portanto uma descida gruta, donde devemos sairtransformados, enfrentando maia, o mundo das iluses, ou os espectros da caverna,Crbero, o nascimento do Cristo a luz ou o Sol que pode iluminar nossa caminhada."

    A caverna est situada sob a montanha ou em seu interior. A montanha o local do segundonascimento de cristo, ou de sua ressurreio, no mais como homem, mas divino, smbolo daverdade trazida luz e oferecida a toda a humanidade.

    A unio da montanha com a caverna, a luz ou o divino em potncia, com a luz ou o divinorealizado, nos leva a estrela de Belm, que guiou os Reis Magos ao local de nascimento de Cristo,e que, assim como a eles pode tambm nos guiar em direo luz

    O Fascnio Pelo Proibido

    Em muitos aspectos, o ser humano um animal parecido com seus parentes mamferos.

    Dispomos porm de um crebro excepcional, que ainda entendemos muito pouco e doqual no sabemos aproveitar seno uma pequena parcela. A vida social, necessria sobrevivncia da espcie, nos levou a desenvolver a linguagem e o pensamento lgico.Criamos regras capazes de fazer a vida em grupo menos tensa e mais harmoniosa. Noentanto, muitas dessas regras implicaram proibies s tendncias naturais do animalque somos. Ou seja, nossa razo teve que agir no sentido de domesticaro mamferohumano. Somos ao mesmo tempo o domador e o domado!Parece bastante evidente que o processo de domesticao no fez desaparecertotalmente as tendncias que queremos suprimir. Elas ficaram abafadas, reprimidas. De

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    certa forma, buscaram um caminho para poder se exercer. Surgiram as regras, asproibies. E surgiu imediatamente o uso da inteligncia no sentido de buscar formaspossveis de tentartransgrediras regras que o prprio grupo construiu.

    Algumas pessoas so mais dceis e aceitam melhor os limites que lhes so impostos.Estas talvez apenas busquem realizar seus anseios reprimidos por meio de sonhos edevaneios. Outras tentam burlar as regras na prtica, toleram menos a frustrao de

    desejos que no podem se realizar. Tornam-se as pessoas moralmente menos justas,especialmente quando agem de uma forma diferente do comportamento que pregam. bvio que nossa maior frustrao ligada vida social tem a ver com o instinto sexual.Todo tipo de vida grupal organizada impe severos limites ao exerccio desse forte desejoanimal, intenso tanto no homem como na mulher. Isso uma coisa absolutamentenecessria para a estabilidade da famlia.Os homens, a quem cabia a tarefa de trazer o alimento para casa, tinha que ter garantiasde paternidade ou seja, suas esposas s podiam ter vida sexual exclusivamente comeles e eles s podiam ter outras mulheres se transgredissem as regras do grupo.Sabemos tambm que as transgresses masculinas quase sempre foram vistas com maiscondescendncia do que as femininas.

    s mulheres se tratou de associar o sexo ao amor. Isso numa fase posterior da vida

    social, em que esta emoo passou a ter importncia crescente. Trata-se de umcondicionamento cultural e no de uma caracterstica da biologia feminina. O interessepor experincias sexuais indiscriminadas parte da natureza da fmea de nossa espcie.Mas muitas no chegam a experimentar tais desejos nem fantasias, tal a represso a queestiveram sujeitas.Muitas nem sequer gostam de se enfeitar muito, pois isso desperta mais o desejo doshomens. Mas esta no a regra. O prazer ertico de se exibir e despertar desejo demuitos homens costuma ser o nico tipo de excitao sexual a que a maior parte dasmulheres se permite afora, claro, a vida sexual com os parceiros com os quais elasesto comprometidas numa relao socialmente aceita.

    A prtica sexual fora do limite de uma relao amorosa um comportamento inaceitvelpara a maioria das mulheres. A proibio vence o desejo. Em algumas desaparecem at

    as fantasias. Em outras sobra apenas a fantasia de experincias erticas mais livres oumais promscuas, como costumamos dizer. A idia de promiscuidade nos provoca duplasensao: uma de repulsa, em virtude das normas que aprendemos, e outra de fascnio,em virtude do mamfero desregrado que existe dentro de todos ns.

    Acredito que se possa generalizar a questo da seguinte forma: tudo o que foi proibidorepresenta uma tendncia da nossa natureza que teve que ser reprimida em nome de umobjetivo maior. Tudo o que proibido , pois, fascinante e tentador. No h fascnio pelaproibio em si, mas pelo que no se pode exercer. Nossa parte domada nunca serendeu totalmente ao domador.

    O Dr. Flvio Gikovate mdico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Autor de 20 livros,entre eles,Ensaios sobre o Amor e a Solido

    ONIRODRAMAJos Roberto Wolff

    http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=34&tipo=2&nitem=170365http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=34&tipo=2&nitem=170365http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=34&tipo=2&nitem=170365
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    Considero, estas quatro Categorias - devaneio, dramatizao, sonho e delrio - comopertencentes a um mesmo processo, diferindo apenas quanto ao grau decomprometimento da conscincia do Eu e do vnculo com a realidade externa. Assim,entre o fantasiar e o viver integralmente a loucura esto a dramatizao e o sonho. Este,ao fazer a ponte necessria entre o mundo interior e o exterior, traz, muitas vezes ,indicaes importantes ao sonhador. A dramatizao constitui um instrumento de capital

    importncia para o trabalho tanto do devaneio quanto do sonho e do delrio, pois osquatro utilizam a mesma linguagem das imagens e tem origem comum. Mesmo odevaneio pode ser utilizado no psicodrama, pois podemos dirigi-lo qual fosse urnadramatizao em cena aberta. Nesse tipo de trabalho, a dramatizao ocorre com asimagens internas e chamado de psicodrama interno No trabalho psicoterpico compsicticos, observei que estes tinham grande dificuldade em tratar seus contedosconflituoso , especialmente pelo temor de, mais uma vez, entrarem num 'surto psictico',ou seja, perderem novamente os vnculos com a realidade objetiva. Assim notei que,nesses casos, um caminho mais vivel para abordar os contedos inconscientes era osonho. Surgiu, em seguida, a questo de como poderia o sonho ser trabalhado, e foiento que tomei contato com o onirodrama de Moreno. Passei a utiliza-lo com certafreqncia, e obtive resultados extremamente animadores, pois atravs dele conseguia

    atingir mais facilmente os conflitos internos e, as vezes, ate' os contedos de urnavivncia psictica delirante. Posteriormente estendi a aplicao do onirodrama a outroscasos de psicoterapia com pessoas no - psicticas, obtendo tambm timos resultados.

    Escolhi para exemplificar a aplicao do onirodrama casos de minha experincia clinica,com diferentes diagnsticos (abrangendo, inclusive, casos de psicose), nos quais pudeutilizar tcnicas diversas, ou seja: psicodrama individual, com ou sem ego-auxiliar, epsicodrama de grupo em processo ou mesmo como ato teraputico.

    Aps esses esclarecimentos, passo ao exemplo selecionado para a demonstrao dotrabalho com o onirodrama.

    Exemplo: Vera

    Vera teve dois surtos psicticos efez um ano e meio de psicoterapia psicodramatica individual bipessoal. Na ocasio dasesso que descrevo, estava em psicoterapia psicodramatica individual com um ego-auxiliar h seis meses.

    Nesse dia, logo ao chegar, Vera comea imediatamente a contar um sonho da noiteanterior que muito a impressionara. Proponho a dramatizao do sonho, pedindoinicialmente que a protagonista refaa o seu dia atravs de solilquio. Vera fala de seu diade maneira automtica, chegando rapidamente ao momento em que vai dormir. Peo quemonte o seu quarto, a sua cama, e aqui tambm sua produo baixa, limitando-se acolocar os elementos de quarto, sem muitos detalhes e sem outras informaes. Peoento que se deite, me avisando logo que comece a lembrar claramente das imagens do

    sonho. Quando me avisa, proponho que entremos no " mundo dos seus sonhos " ,pedindo-lhe que coloque em cena todos os elementos. o sonho se passa num localescuro e o foco um homem de costas, que ela julga ser seu pai. Ela quer se aproximardaquele homem, andando na direo dele mas, quando tenta faze-lo , ele se voltabruscamente e, ao invs do rosto do pai, ela v o rosto do diabo. Vera fica muitoassustada e at desesperada; comea a dizer que ela Deus e todos os homens sodiabos, principalmente seu pai, e que ela possua poderes contra todos eles. Aqui ela estarevivendo um aspecto do seu ltimo surto psictico, no qual ela sentia exatamente isso.

    Aos poucos vai se tranqilizando, ento peo que assuma o papel do pai. Neste papel

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    conta que, desde quando Vera tinha treze anos de idade, mantinha relaes Sexuais comela; diz ainda que muitas vezes ela era obrigada a faze-lo, embora no quisesse, poisquando ela nasceu a me morreu e Vera se sentia na obrigao de substitu-la.

    Peo a Vera que volte a seu papel e proponho que traga sua me. No papel da meexplica que no morreu por culpa da filha, pois sofria do corao, e ao mesmo tempo

    isenta. Vera de qualquer compromisso em relao ao pai. Coloco o ego-auxiliar no papelda me e Vera volta ao seu ; a cena de grande emoo, terminando ela e a me de mosdadas.

    A seguir, proponho que Vera volte cena inicial do sonho. Ela pode agora aproximar-sedo pai , vendo este como ele realmente , no mais com "cara de diabo" e diz ao pai,com grande tranqilidade, olhando-o de frente: " De agora em diante s manterei relaessexuais com voc quando eu quiser..."

    Trecho do livro Sonho e Loucura "(Editora tica) de JosRoberto Wolff

    JOS ROBERTO WOLFFPSIQUIATRA PSICODRAMATISTA

    SONHOSQuais so as tcnicas para se lembrar dos sonhos?Marcos Fleury - Tenha sempre mo lpis, caneta e um abajur prximo cama. Paraanot-lo, se possvel, imediatamente.Faa prticas ao longo do dia, se programando de vrias formas: Exemplos: olhar para orelgio de duas em duas horas e afirmar que vai se lembrar dos sonhos. Afirmar isto, todavez que voc passar por uma determinada porta. Crie a referencia mais adequada, paravoc lembrar e pensar na afirmao.

    Faa uma proposio firme para lembrar-se de seus sonhos ao despertar. Repita a suaproposio vrias vezes medida que for caindo no sono.

    Anote algumas linhas sobre o que voc fez e sentiu hoje, dando nfase aos aspectosemocionais. Essas notas podero ser teis, para esclarecer o sentido do sonho que vir.

    O sonho delicado como uma teia de aranhaAo despertar, faa um esforo deliberado para permanecer imvel, sem nem mesmo virar-se de lado. Isso o ajudar a permanecer com as imagens e sentimentos do sonho. Depoisde algum tempo (trinta segundos a um minuto), mude delicadamente de posio, nacama, e novamente permanea imvel. Voc poder surpreender-se com a lembrana demais um sonho. A posio te remete a lembrana do sonho.Por exemplo: nesta posio eu sonhava com? Esta troca de posio deve ser natural.Pois quando estamos dormindo, normalmente, no ficamos em posies, que usualmente

    estamos quando acordados - este seria um dos motivos para a posio remeter alembrana dos sonhos. O sonho delicado como uma teia de aranha.Observe seu estado de humor e sentimentos presentes ao acordar, pois em geral elestrazem pistas relativas ao sentido dos sonhos.Lembre-se: se voc no escrever imediatamente os sonhos, poder perder detalhesimportantes ou at mesmo o sonho como um todo. Mesmo que voc se lembre apenas defragmentos do sonho ou vagas impresses, valorize-os, tomando essas notas em sinal derespeito sua prpria proposio.

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    Guardar os sonhos, guardar os smbolos, mesmo que no tenham sido compreendidosno momento. Voc deve guard-los, pois pode pintar um insight no futuro ou voc poderfazer, futuramente, novas leituras daquele sonho.Mesmo que porventura no venha a se lembrar de um sonho, persista por uma ou duassemanas e voc conseguir.Muito Importante: no fique ANSIOSO para lembrar ou interpretar os sonhos. Isso no

    ajuda em nada. Exercite a confiana, pois os sonhos provm de uma fonte maior a qualvoc est aprendendo a reconhecer e cooperar. Seja fiel sua proposio e ver queessa fonte sempre coopera com voc.

    Tenha uma atitude ldica em relao ao sonhoUse o ldico, tenha uma atitude tranqila com o sonho. Brinque com o que vier e aceite seno vier. Minimize.O uso de drogas, lcool e certos medicamentos na noite anterior podem prejudicar alembrana de sonhos.

    A anlise de uma seqncia de sonhos ou, dos sonhos de um determinado perodo,podero favorecer a percepo de um nvel de sentido mais amplo, relativo a umaquesto ou momento de vida.Um recurso grosseiro que eu no gosto muito de recomendar, mas que pode funcionar.

    beber gua antes de dormir. Este ato vai te forar a acordar, durante o sono, para ir urinare voc poder acordar em uma fase REM e lembrar do seu sonho.Vya Estelar- O que vem a ser a fase REM?Marcos Fleury - O estado REM - Rapid Eye Moviment - a fase em que os olhos semovimentam rapidamente, na qual, segundo estudos, os indivduos sonham mais. A cadanoventa minutos, durante o sono, o indivduo entra em uma fase REM.

    "O sonho tem a funo de despertar para a conscincia. No seja preconceituosocom o sonho"

    Vya Estelar- Como interpretar os sonhos?Marcos Fleury - Fazendo associaes espontneas em torno dos seguintes elementos.Elementos do sonho:imagens

    personagenssentimentos ou sensaesenredo do sonhofrases expressivasFazer uma curta associao exatamente assim: O que isso me lembra?O que me lembra este personagem? um aspecto da minha personalidade? Ospersonagens representam meus traos? So aspectos da minha sombra, j que eu sou odono do sonho?Interpretar as imagens atravs de metforas

    Associaes uma forma de buscar outras imagens ou smbolos que, eventualmente,disparem um sentido at ento imprevisto. A pessoa pode chegar a ter um insight. Paraexemplificar as vrias possibilidades de leitura de um sonho, gostaria de trazer um

    exemplo histrico e curioso relatado por Anjali Hazarika. Essa autora tem desenvolvidovariados trabalhos com grupo de sonhos com executivos e administradores de grandescompanhias de petrleo na ndia, um trabalho dos mais interessantes nesta rea.Este sonho foi sonhado pelo Coronel Dickson em 1937, no Kwait. O sonho foi o seguinte:Certo dia, uma violenta tempestade de areia abriu um buraco junto ao p de umapalmeira. Naquela noite, ele sonhou que se aproximava do buraco junto palmeira, ondeencontrou um sarcfago. Ao toc-lo, uma linda donzela despertou. Mais tarde, ele ouviuos gritos de alguns estranhos no deserto, os quais haviam agarrado a moa, que soluavaenquanto eles tentavam enterr-la viva.

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    O Coronel afugentou os homens e ento despertou. Perplexo com essa viso, ele decidiuconsultar uma mulher beduna, conhecida por seus dons profticos. Ela lhe disse que amulher no sarcfago, era um arauto de muitas riquezas sob as areias do Kwait. E que oshomens eram estrangeiros do outro lado do mar, que queriam impedir suas descobertas.

    A beduna disse que o Coronel, deveria ir at aqueles que perfuravam campos de petrleoem Bahrah; e dizer-lhes que abandonassem aquele lugar e seguissem para o deserto de

    Burgan, pois l, junto a uma solitria palmeira, eles encontrariam um grande tesouro.Nessa ocasio, por dois anos, uma equipe inglesa vinha perfurando poos, sem sucesso,em Bahrah, na Baia do Kwait. E mesmo assim, eles riram do Coronel, quando este lhescontou sobre seu sonho e lhes indicou para tentar novas perfuraes em Burgan, queficava a umas 30 milhas ao sul.Destemido, o Coronel foi para Londres, onde novamente contou seu sonho, desta vez,para os executivos da companhia. Um deles ento, que acreditava em sonhos eprofecias, telegrafou e transferiu a equipe para Burgan. L, em maio de 1938, junto a umasolitria palmeira, eles encontraram petrleo.

    As vrias faces de um mesmo sonhoFace I - Premonitria

    Uma vez que j contei o final da histria, seria muito simples concluir, que este foi um

    sonho premonitrio. Entretanto, se observarmos bem, o que se cumpriu no foiexatamente o sonho do Coronel, mas a interpretao da beduna, que forneceu detalhesprecisos mas, que a rigor, no estavam no relato do sonho. De qualquer forma podemosaceitar sem maiores problemas um certo carter pr-cognitivo - premonitrio - nestesonho. Este seria um dos possveis nveis de sentido para este sonho.

    Face II - SubjetivaPoderamos ainda buscar um interpretao subjetiva. Neste caso, o sonho poderia ilustraro potencial criativo da psique (mente inconsciente e mente consciente) - do sonhador,representado pela jovem que volta vida. O sarcfago, metaforicamente, representariaesse potencial reprimido h muito tempo, impedido de se manifestar, mas que agora,aps um momento ou experincia tormentosa de vida (tempestade de areia), vem tonae desabrocha. Contudo, preciso lutar para que outras foras (estranhos) no matem

    (enterrem) de novo esse impulso de vida nascente.Face III - ObjetivaNum nvel objetivo, buscamos relacionar essas imagens com situaes concretas da vidado sonhador. Por essa via, por exemplo, poderamos imaginar, que esse sonho poderiaestar ilustrando uma situao da vida conjugal do sonhador. Se fosse assim, este sonhopoderia estar relacionado com um casamento (sonhador + jovem) h muito estagnado,(enterrado no sarcfago), mas que aps um intenso e tempestuoso processo vivido aolongo de alguns meses de uma terapia conjugal, agora est em vias de encontrar umnovo alento, um renascimento, mas que ainda h perigos a espreita (estranhos).Essas so apenas trs possibilidades, entre muitas, de se entender as imagens de umsonho. Nenhuma delas poderia, a principio, ser considerada a verdadeira interpretao.Todas so possibilidades e, a rigor, poderamos mesmo imaginar uma situao tal, onde

    as trs interpretaes poderiam ser verdadeiras, ou seja, o sonhador teve um sonho quelhe forneceu as dicas para encontrar petrleo, e, ao mesmo tempo, estar passando pelareferida situao conjugal e, psicologicamente, inaugurando um novo momento pessoal,de despertar potenciais e novas capacidades criativas frente vida.Em ltima anlise, dizemos que o sonhador, afinal, a maior autoridade sobre seu prpriosonho. Num trabalho real, o caminho de investigao e o prprio sentido do sonho que sealcanar, depender sempre das associaes, das imagens, sentimentos e dos insightstrazidos pelo prprio sonhadorO poder intrigante dos sonhos

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    Os sonhos tem intrigado a humanidade, desde os primrdios dos tempos. Ao longo dossculos, formularam-se diversas explicaes em busca de um sentido para os sonhos,bem como acerca de suas origens. Os sonhos foram instrumento de salvao e dedestruio. Com eles caram reinados, batalhas foram vencidas. Os sonhos revelaram umnovo tempo, anunciaram a vinda de grandes Mestres. Abriram caminho para notveisdescobertas no campo cientfico, favoreceram bons negcios, salvaram empregos e

    casamentos. Evitaram acidentes. Serviram como ferramenta preciosa, para o trabalho demilhares de pessoas em anlise.

    Sonhos causam certo espantoQuerer dar a ltima palavra sobre o que os sonhos so, uma pretenso que eu notenho nem acredito, mas reconheo ser de grande utilidade o estudo dos sonhos, tal qualtem sido utilizados, por diferentes culturas, em diferentes pocas, nos ltimos 5000 anos.Os sonhos so, realmente, uma manifestao curiosa da psique. Em geral, nos causamcerto espanto pois, se apresentam conscincia como comunicaes, que no temcompromisso com a lgica e com a razo adotadas pelo ego consciente.Freqentemente, podem justapor, num mesmo sonho, gente conhecida, personagensannimos, cenrios irreais, animais surpreendentes, sentimentos passionais, atosinconfessveis e gestos de nobreza herica, nos deixando muitas vezes absolutamente

    estupefatos ao despertar. A prtica de trabalho com sonhos, em grupo, leva confiana,ao respeito e a uma maior tolerncia perante as diferenas de sexo, idade, cultura...Os sonhos alm dos consultrios

    Desenvolve-se uma cumplicidade bsica, entre os membros de um grupo, dado oreconhecimento de que, no fundo, o ser humano sempre enfrenta questes relativas aomedo, a identidade, ao poder, segurana, ao prazer, morte e aos processos detransformao. Atualmente, o trabalho com sonhos estende-se para muito alm dafronteiras de nossos consultrios. Pode ser feito via internet, entre grupos afins ou dediferentes culturas. E nas escolas, com crianas da pr-escola ao colegial. O objetivo buscar recursos, que possam oferecer uma vida mais criativa e harmoniosa para o serhumano em todas as suas manifestaes

    Fogo, a fora que transforma -purificaao

    H milhes de anos, o homem friccionou um graveto seco numa pedra. Desse movimentorepetitivo surgiram fascas e, finalmente, a primeira chama milagrosa, que transformaria, de umavez por todas, o modo de vida dos nossos ancestrais. O fogo, ento dominado, iluminava, aqueciae assava.

    Mas tambm purificava e transformava. A antiga sabedoria, conhecida por feiticeiras de todas asculturas, foi retratada em diversos rituais. Entre os celtas da Irlanda, cerca de 600 a.C., asfogueiras de Beltame saudavam a chegada do vero e das colheitas. E tambm funcionavam comomedida de preveno de sade: os druidas antigos sacerdotes dos povos celtas, bretes egauleses faziam com que seu gado passasse entre as chamas com o objetivo de livrar osanimais das doenas.

    Na mitologia grega, a deusa da casa, do fogo e da lareira Hstia. Em homenagem a ela, asconstrues tinham uma lareira circular com uma chama permanentemente acesa no centro. Nascasas da Grcia Antiga o fogo era o centro, tudo girava em torno dele. Costumava-se dizer: uma

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    casa s se torna um lar depois que a lareira de Hstia acesa. Depois do casamento, a me danoiva levava uma chama de sua lareira para acender a da casa dos noivos, simbolizando acontinuao da famlia. Hstia evoca a vontade, o desejo, a paixo, explica Leda Fleury, psiclogae estudiosa dos rituais femininos, de So Paulo.

    Sinais de fogo

    Se as lareiras circulares no fazem parte da nossa cultura, existem outras maneiras dehomenagear ou de incluir as foras do fogo no dia-a-dia. Iniciativa, ao, fora de vontade e alegriapodem ser representadas por objetos decorativos que variam das velas coloridas e aromticas aoscandelabros, castiais ou lanternas.

    Na astrologia, ries, Leo e Sagitrio formam a trilogia gnea que determina fortes qualidades depersonalidade: Esses signos tm por excelncia o instinto de vida alegria, vigor, entusiasmo,explica a astrloga paulista Mariland Leutwiller. Independentemente do signo, todos tm oelemento fogo no mapa natal, em maior ou menor quantidade, indicando justamente o grau deiniciativa, de vitalidade e de criatividade. Da a importncia de se reservar um espao em casa spara a criao, como um pequeno ateli para costurar, escrever ou desenhar. Outrapossibilidade a de ativar as qualidades desse elemento a partir da prpria casa.

    Por meio de ambientes ensolarados, clarabias, boa iluminao, criam-se espaos que fazembem tanto aos que tm carncia de fogo no mapa como aos que tm excesso desse elemento eprecisam canalizar melhor toda a energia de que dispem, explica a astrloga.

    Os signos de fogo gostam de promover festas, reunies e jantares fartos. Se o elemento est emfalta, nada melhor do que convidar os amigos para comemorar uma data especial ou,simplesmente, para fazer um brinde vida!, sugere Mariland, enumerando os gostos requintadosdesses signos. Mesas grandes, cadeiras e sofs de espaldar alto, talheres de prata, copos decristal, iguarias gastronmicas, lenis e toalhas com monogramas e uma predileo por metais,ainda que apenas nos detalhes.

    Cores fortes tambm esquentam o ambiente, especialmente amarelos, laranjas e vermelhos. Nos

    quartos, basta uma colcha amarela ou uma cama com cabeceira alta de metal dourado. Pareceque so apenas detalhes, mas o inconsciente percebe tudo que o rodeia e reage conforme essesimpul-sos, diz Mariland, lembrando um antigo costume, o saudvel culto ao fogo: At h pouco,muitas casas espalhadas pelo mundo e pelo Brasil tinham um nicho com o santo protetor sempreiluminado por uma pequena lmpada colorida. No h nada mais gneo do que isso. A f sempreacesa, iluminando e protegendo o lar, completa

    Lamparinas com fluidos coloridos promovem um certo ar de mistrio e fora na casa

    Na Grcia Antiga, uma casa transformava-se em lar quando a lareira era acesa.

    Ele tem em si a fora radiante que a tudo ilumina e vivifica. Simboliza vida, paixo, criatividade,impulsos transformadores. Est nos raios do sol, astro do qual depende a vida de todos os seresna terra e que conforta a humanidade com calor e luz.

    Jung e a simbologia humana

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    Carl Gustav Jung acreditava que a forma como aconscincia humana caracterizada, deve-se ao fato daunio do ego, que corresponde a nossa mente consciente edo self, o centro da expresso mais completa do serhumano.

    "Os sonhos fornecem informaes extremamenteinteressantes a quem se empenhar em compreender o seusimbolismo. O resultado, verdade, pouco tem a ver compreocupaes mundanas como comprar e vender. Mas osentido da vida no explicado pelos negcios que sefez, assim como os desejos profundos do corao no sosatisfeitos por uma conta bancria"

    C.G.Jung; citado em "O caminho dos sonhos", Marie-Louisevon Franz; ed. Cultrix.

    Para Jung a cincia a projeo psquica doscientistas e os modelos tericos so aproximaes e noretratos fiis da realidade. Nessa perspectiva, oconhecimento cientfico est mais perto de uma metforapor meio da qual o mundo interpretado que de umconjunto de dados articulados enunciadores de umaverdade confirmada. Segundo ele, cada teoria, comocriao da mente, est subordinada interioridade docientista que a formulou, cuja realidade psquica projetada no mundo exterior na forma de teoriacientfica. Jung via a cincia como um mito destinado aexplicar o universo cuja natureza ntima, para ele,permaneceria para sempre incognoscvel.Essa viso um dos pilares em que se assenta o quadroepistemolgico do modelo cientfico emergente.Os arqutipos e os instintos definidos por Jung so asmemrias, lembranas e informaes ligadas ao nossoinconsciente e acumuladas no DNA.Corresponde ao inconsciente coletivo, ncleo de todaas contenes culturais, aglomerado das experinciasculturais acumulados por milhes de anos desde osprimrdios da civilizao. So figuras, smbolos econtedos de carter universal. Os arqutipos estodiretamente ligados s emoes e carregados por tonsafetivos. Constituindo esta linha de pensamento, Jungdenominou sincronidade, por tudo o que est ligado aosfenmenos interiores nossos sonhos, vises, premoniesque de alguma forma tornam-se reais no mundo fsico,correspondendo na realidade exterior.Sombra a correspondncia a tudo aquilo que o pessoase recusa a reconhecer ou a admitir, e que sempre de

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    alguma forma acaba se confrontando com ele, direta ouindiretamente. a soma de todos os elementos psquicospessoais e coletivos, que em conflito com a maneira devida consciente escolhida, no foram vividas gerando umdistrbio de personalidade incidindo opostamente ao

    consciente do indivduo.A nossa ambivalncia tambm foi conceituada por Jungque definiu como Anima, a personificao da naturezafeminina do inconsciente do homem, e Animus apersonificao da natureza masculina do inconsciente damulher. Ou seja, corresponde s afinidades positivas ounegativas gerando a na influncia mtua de cada sexo.

    Carl Gustav Jung

    O eixo principal da teoria de Jung o processo de individualizao. Eleacreditava que agimos porque tendemos para algo. Individualizar-se,tornar-se voc mesmo.Para Jung o que pode enlouquecer uma pessoa no a dor, mas sim a falta designificado. Pensamento, sensao, sentimento e intuio o que orienta avida para ele.Junto com Freud foi um dos fundadores da Psiquiatria.

    Simbolismo:O smbolo tem uma parte consciente e uma parte inconsciente; vem a ser omelhor jeito que o inconsciente encontrou para nos falar de uma realidadedesconhecida.Para Freud o smbolo est sempre relacionado com a represso. J para Jung,o consciente criativo.Para Jung, o smbolo s vai ter significado quando tiver uma parteconsciente e uma inconsciente. Quando se torna totalmente consciente, virasigno.

    Sombra:A sombra inconsciente (individual), o material que recalcamos, quetiramos da luz, aquilo que recusamos ser. Porm, temos coisas positivasque ns prprios no percebemos, e que tambm ficam na sombra.Quando conseguimos trabalhar melhor a nossa sombra -conhecendo os nossoprprios defeitos - no os projetamos nos outros. Tudo que muitopreconceituoso projeo da sombra.As pessoas vo se tornando mais compassivas medida que trabalham melhor asua sombra (integra no inconsciente o arquetipo de sombra). No processo deindividualizao vamos integrando a sombra, com o risco de tomar para si a

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    sombra coletiva.A sombra aparece nos nossos sonhos como sendo o sexo oposto, ou algumdefeituoso.

    Animus e Anima:

    Principal fonte para a individualizao. A mulher tem animus, que a partemasculina da mulher.> J o homem possui o anima, que a sua parte feminina.

    Aguasimbolo

    Quando os olhos se perdem na imensido do mar, possvel ter uma idia do volume de gua quenos cerca. Dois teros do planeta so cobertos por esse fluido do qual depende a evoluo detodos os organismos vivos. Nos oceanos, rios, plos ou no interior das rochas, so 264 milhes dekm3 desse lquido essencial, perpetuado pela humanidade como smbolo sagrado de pureza eprosperidade.

    No batismo da Igreja Catlica, na sabedoria popular das benzedeiras, nas fontes sagradas dacultura islmica ou na astrologia, a gua fundamental para a purificao e o conforto do corpo, daalma e dos ambientes. A seguir, especialistas desvendam as caractersticas desse elemento nanatureza, a relao primordial da gua com a personalidade e a harmonia da casa.

    Rebeldia em movimento

    Rio, cachoeira, mar, chuva, neblina, vapor, granizo, neve, gelo. Essas so manifestaes da gua,e uma, em especial, nos sada com sete cores: quando os raios do Sol atravessam as nuvenscarregadas, surge o arco-ris. Diz-se que quem tem a sorte de v-lo pode fazer um pedido, queser atendido pelos cus.

    Dinmica por natureza, est em constante movimento e guarda em si poderes fundamentais. Oprimeiro deles: capaz de se autopurificar: A gua circula continuamente no planeta. Oceanos,

    rios e at lagos plcidos recebem calor e no escapam do processo de evaporao.

    A gua, condensada, vira nuvem e precipita-se de volta a terra em forma de chuva. Nesse ciclo dedestilao natural, todas as impurezas so liberadas. A chuva purifica o ar e fertiliza a terra,explica Roque Paveli, engenheiro do Departamento de Sade Ambiental da Universidade de SoPaulo.

    Poderosa e rebelde por excelncia, escapa das nossas mos e pode mostrar sua fria em dilvios,enchentes e maremotos. Ainda, ela no se submete aos outros elementos naturais: Alm deapagar o fogo, na presena de calor transforma-se em vapor e a baixas temperaturas vira gelo. Oprprio fato de ser lquida e manter sua constituio molecular contraria as leis da fsica e daqumica, mas essa rebeldia teve resultado feliz: A gua permitiu o desenvolvimento da nica formade vida compatvel com as caractersticas do planeta Terra. Foi no meio aqutico, formando

    imensas superfcies lquidas (...), que surgiram as primeiras formas vivas, ressalta Samuel MurgelBranco, especialista em Sade Ambiental, na obra Poluio, Editora Ao Livro Tcnico.

    Essa origem lquida ancestral tem a ver com a sensao de relaxamento e conforto que a guaprovoca nos humanos. E tambm explica por que tanta gente sente atrao por fontes e preferedescansar numa praia, perto de rios, lagos ou cachoeiras: O som das ondas batendo na areia oude uma queda dgua sempre repousante e pacificador. Sem contar que o contato com a gua

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    meio em que o corpo no briga com a lei da gravidade, flutua, sem peso remete sensaoprotetora de estar de novo no tero materno, em perfeita harmonia, explica Tereza Kawall, de SoPaulo, psicoterapeuta junguiana e astrloga.

    Universo de emoes

    Desde tempos remotos, a gua associada s emoes, ao mundo inconsciente, a tudo queacontece nas profundezas da alma. astrologia coube tecer as relaes entre os elementos danatureza e a personalidade: So trs os signos de gua: Cncer, regido pela Lua, representa agua